sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Quase 113 mil exames não são retirados pelos usuários em Lages

Esse comportamento resulta em um prejuízo em torno dos R$ 100 mil por mês. Um exame não retirado transforma-se em ônus aos cofres públicos e reflete no bolso dos usuários que precisam do Sistema Único de Saúde.

A equipe da Secretaria de Saúde de Lages começou uma campanha de conscientização aos usuários, referente à importância da retirada dos laudos de exames uma vez que, apesar da agilidade no atendimento, cerca de 30% dos pacientes não os buscam no período adequado. Dados apontam que somente de janeiro a julho deste ano, quase 113 mil exames foram realizados e não retirados.


Esse comportamento resulta em um prejuízo em torno dos R$ 100 mil por mês. “Um exame não retirado transforma-se em ônus aos cofres públicos e reflete no bolso dos usuários que precisam do Sistema Único de Saúde (SUS) para efetuar qualquer tipo de atendimento médico. Queremos que haja a conscientização da comunidade sobre a gravidade deste problema”, explica o diretor administrativo-financeiro da Secretaria de Saúde, Maurício Batalha.


O mês de abril foi o mais preocupante, com 96.203 exames autorizados. Destes, 72.224 pessoas realizaram o procedimento, porém, 22.140 pacientes não retornaram às unidades laboratoriais para retirar os laudos. “Dos exames efetuados, 60% acabam sem seu destino final, uma vez que após 30 dias o prazo de validade expira e o paciente precisará requerer outro, o que o faz voltar à fila, resultando em uma demora ainda maior”, afirma Maurício.
Com o processo de informatização, através do cadastro do paciente pelo Cartão SUS, o cidadão que requerer o exame, bem como uma consulta especializada e não comparecer na data marcada ficará impedido de realizar qualquer procedimento na rede pública de saúde por um período de 30 dias. “O paciente não ficará bloqueado permanentemente, esta é apenas uma medida para que os prazos sejam respeitados e tudo seja concluído com mais rapidez”, diz.

Raios X: 30% não retiram os laudos

O impasse acontece também com os exames de raios X efetuados no hospital Tereza Ramos. Dos exames autorizados, somente 79% são realizados, e destes, 30% não tem seus laudos retirados. “Isso prejudica e muito a própria população, impedindo outras pessoas que necessitam destes procedimentos efetuar os exames em tempo hábil”, declara Maurício.
Até o fim do ano, com o encerramento do processo de informatização da pasta, um cadastro revelará todas as pessoas que fizeram o exame e não foram buscar e, além disso, será mostrado o número de pacientes que levam o laudo ao médico. “É muito importante que a pessoa, mesmo que haja significativa melhora, prossiga o tratamento em todas as etapas, até o fim”, enfatiza.

Situação se repete nas consultas especializadas

A Policlínica Municipal dispõe de atendimento nas especialidades de neurologia, dermatologia, ginecologia, pediatria, oftalmologia, cardiologia, entre outros. Em média são marcadas 15 consultas por dia em cada uma dessas especialidades, porém, o descaso dos pacientes que não comparecem ao atendimento ultrapassa os 60%.


 Maurício explica que este não comparecimento não é por conta da demora na marcação de consultas. “Como determinou o prefeito Elizeu Mattos, nesta gestão o atendimento hábil e de qualidade na saúde será prioridade. Estamos caminhando para isso, mas é necessária a compreensão dos usuários para que os trabalhos andem conforme se deseja”, afirma.

Para que estes transtornos sejam menos corriqueiros, se o paciente não puder comparecer à consulta, o ideal é avisar o setor com antecedência. “Assim, as equipes poderão encaixar outro paciente no horário, o que automaticamente fará o andamento da fila fluir”, reitera.

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