sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Horário de verão termina à meia-noite do próximo domingo, dia 22



À zero hora do próximo domingo, dia 22, termina mais uma edição do Horário de Verão (HV), iniciado em 19 de outubro. Os moradores das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste devem atrasar o relógio em uma hora.
Os dados preliminares do Operador Nacional do Sistema (ONS) apontam economia, por mês durante o período, de 220 MW médios no subsistema Sudeste/Centro-Oeste e de 75 MW médios no subsistema Sul ou 0,5% da energia consumida nesses dois subsistemas.
O Operador assinala que esses ganhos são relevantes, pois os armazenamentos adicionais contribuem para a garantia do atendimento energético ao longo de 2015 e para eventual redução do despacho futuro de geração térmica, que tem reflexos nas tarifas para o consumidor final.
Durante a vigência do HV, a redução esperada, a cada mês do período, equivale ao consumo médio mensal de Florianópolis. O benefício energético final durante todo o período de vigência da medida, mantida a redução da edição anterior, será de 150 GWh ou o aumento de 1,1% no armazenamento das usinas hidrelétricas do Sul.
Em Santa Catarina, a diminuição prevista da demanda é de 180 MW ou 4,5% da demanda do sistema elétrico durante todo o período, o que representa 73,9% da demanda máxima de Florianópolis no horário de ponta, entre 18h e 22h. Veja os dados comparativos para outras cidades catarinenses. 
Dados Estimados
Horário de Verão 2014/2015
Municípios
Demanda Máxima
(MW)
Redução
Número de UCs
Florianópolis
243,6
73,9%
225.406
São José
92,8
194,1%
97.456
Palhoça
54,9
327,8%
70.479
Blumenau
206,6
87,1%
135.277
Joinville
471,0
38,2%
201.087
Lages
59,1
304,4%
63.020
Videira
41,5
433,9%
20.288
Concórdia
52,9
340,4%
31.034
Jaraguá do Sul
122,4
147,0%
62.320
Joaçaba
17,4
1035,0%
13.090
Criciúma
93,8
191,9%
68.047
São Miguel d'Oeste
18,7
960,8%
17.255
Tubarão
60,9
295,6%
32.709
Rio do Sul
34,7
518,9%
26.311
Mafra
18,8
957,5%
22.361
São Bento do Sul
44,7
402,4%
31.355
Itajaí
114,4
157,3%
77.313
Chapecó
112,6
159,9%
78.622
O ONS estima ainda que os ganhos totais com a redução de geração térmica, no período janeiro a fevereiro de 2015, somam R$ 74 milhões. Os ganhos referentes ao custo evitado na ponta resultarão em benefícios econômicos para o Sistema Interligado Nacional (SIN) de R$ 204 milhões. A estimativa da economia para o Setor Elétrico é de R$ 278 milhões.
Na última edição, que começou no dia 20 de outubro de 2013 e teve duração de 119 dias, o Operador Nacional do Sistema (ONS) estimou economia total de R$280 milhões em energia elétrica.
Em Santa Catarina, os dados indicaram redução em torno de 5% na carga do sistema elétrico da Celesc Distribuição (166MW) e 0,5% na energia (41,6 GWh) em toda área de concessão. Esse montante representa economia de aproximadamente R$ 6,3 milhões, considerando apenas o custo médio da energia, sem considerar tributos e demais encargos.
Essa redução foi equivalente a 79% da carga do município de Florianópolis ou 37% da carga de Joinville durante todo o período. Em relação à redução no consumo de energia, o valor representou aproximadamente o consumo, durante o período do HV, de um município como Araranguá, com 25.946 unidades consumidoras, ou 10,2% do consumo de Blumenau ou ainda 36,4% do consumo de Lages.
Benefícios
A adoção do HV traz benefícios para a operação do sistema, principalmente devido à redução da demanda no horário de ponta. A redução do consumo provocado pela defasagem de uma hora com a implantação do HV é explicada pelo deslocamento da entrada da carga de iluminação pública e residencial, evitando-se a coincidência com a carga dos consumos comercial e industrial, cuja redução normalmente se inicia após as 18 horas.
A superposição desses consumos, sem o Horário de Verão, causaria o aumento da demanda no horário de ponta. No início do HV, a demanda na hora da ponta diminui, permanecendo reduzida até o seu término, quando então, volta a elevar. A diferença entre os valores verificados de demanda, com e sem a vigência do HV, representa o benefício para o sistema elétrico.
Esse benefício pode ser avaliado também com a adequação de investimentos para atender o acréscimo na demanda apenas no horário de ponta bem como a garantia da confiabilidade em determinadas áreas do SIN. Para o consumidor final, o benefício, além dos ganhos de lazer, turismo e segurança, pode ser traduzido no aumento evitado na tarifa de energia elétrica.

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