sexta-feira, 9 de outubro de 2015

- Afetadas por alagamentos, mais de cem famílias se abrigam em casas de terceiros

“Embora não tenha sido preciso ser ocupados, os abrigos permanecem preparados com todo aparato – colchões, alimentação e suporte médico da Secretaria de Saúde, caso pessoas sejam realocadas.” Adilson Panek
As fortes chuvas que atingem Lages desde a noite de quarta-feira (7) causam transtornos. A vazão das águas de rios e riachos aumentou, elevando seu nível normal. O Carahá, que corta parte do perímetro urbano, extravasou para via de veículos e ruas em pontos considerados críticos, como próximo ao Fórum Nereu Ramos e Justiça Federal e Eleitoral, e à Central de Distribuição dos Correios. De acordo com o secretário-executivo da Defesa Civil, Adilson Panek, mais de cem residências foram invadidas pelas águas, e cem famílias foram retiradas momentaneamente de seus lares para se refugiarem na casa de parentes ou amigos.
Isso se deve ao grande acúmulo pluviométrico superior a cem milímetros em 24 horas. “O escoamento do Carahá não suporta esse volume. Por diversas vezes o rio saiu de seu leito, alagando moradias em áreas de risco. Sempre que há fortes chuvas são as primeiras a serem prejudicadas”, reitera Panek. Os bairros São Sebastião e São Vicente foram atingidos por conta de um erro de cálculo de engenharia, segundo Panek. A galeria construída no local está abaixo do nível da rua, alagando quase que um bairro inteiro. Segundo o secretário, o equívoco poderá ser corrigido. Há um laudo, conforme Panek, da própria empresa construtora da galeria, a Setep, apontando o impasse.
Abrigos
Quatro abrigos públicos foram preparados para receber possíveis moradores: Caça e Tiro, Habitação, São Vicente e Guarujá. “Embora não tenha sido preciso ser ocupados, os abrigos permanecem preparados com todo aparato, como colchões e alimentação, e suporte médico da Secretaria de Saúde, necessário caso as pessoas sejam realocadas”, ressalta. Há previsão de precipitação de mais 100 milímetros para a tarde desta sexta (9).
O quadro deixa a Defesa Civil em alerta com as Secretarias de Meio Ambiente e Serviços Públicos e de Infraestrutura, além do setor de garagem, com equipamento pesado para que, se houver algum deslizamento ou alagamento de maior proporção, possam remover as famílias sem que percam seus bens materiais, conforme Panek. Na parte central da cidade, segundo ele, o Carahá está quase voltando em seu nível normal. “O problema começa a se agravar agora em trechos do Habitação, Caça e Tiro e Várzea, por conta do represamento do rio Caveiras, fazendo com que o volume do Carahá suba novamente”, avalia.
Rua das Bracatingas
Algum tempo atrás, uma empresa realizou o aterramento de um terreno na rua das Bracatingas. Com isso houve represamento de água na referida via. Paliativamente, a Defesa Civil, em parceria com o setor de garagem, realizou uma correção com máquina escavadeira hidráulica.
Legenda: A vazão das águas de rios e riachos aumentou, elevando seu nível normal (Foto: Cao Ghiorzi)

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