quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Ótima oportunidade de adquirir peixe vivo de água doce a R$ 8,00 o quilo

Os consumidores podem aproveitar o dia de comercialização de hortifrutigranjeiros, bem perto do Mercado, que acontece às quartas e quintas, e adquirir pescados a preços tabelados, justos e acessíveis
Maria José Varela e o esposo José Vieira Varela pegaram a estrada cedo nesta quarta-feira (7) para participar pela primeira vez da Minifeira de Pescados Vivos de água doce em Lages, vindos de Cerro Negro. Eram 7h quando deixaram sua casa, na propriedade Sítio Varela, a seis quilômetros do perímetro urbano, com a caminhoneta carregada com um tanque onde estavam cerca de 100 quilos de peixe, seguindo pela rodovia SC-390 até Lages, onde chegaram por volta de 8h15min, percorrendo 78 quilômetros.
Moradores da zona rural de Cerro Negro, estão oferecendo ao público da minifeira de piscicultura as espécies carpa capim, húngara prateada e cabeçuda e jundiá, próximo ao antigo Mercado Público, no Centro. Os consumidores podem aproveitar o dia de comercialização de hortifrutigranjeiros, bem perto do Mercado, que acontece às quartas e quintas, e adquirir peixe vivo a preços tabelados, justos e acessíveis.
O quilo de carpa, jundiá e tilápia custa R$ 8,00. Neste dia 7 devem ser vendidos no mínimo 200 quilos de peixe. Esta é a quarta edição do evento promovido pela Secretaria de Agricultura e Pesca com parceria da Energética Barra Grande (Baesa) e do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Estagiários do curso de veterinária prestam apoio técnico à iniciativa.
A família Varela possui dois açudes onde cultivam, além de carpas e jundiás, cascudos. Decidiram ingressar neste ramo há mais de sete anos, com renda suficiente para incrementar o sustento familiar mensal, além dos lucros obtidos com a plantação de melão e melancia e venda de leite in natura.
O projeto executado com total suporte da Baesa viabilizou a colocação de sete mil alevinos da espécie jundiá em seus dois açudes, o que alavancou os negócios. “Eles doaram os peixes e estão nos auxiliando com capacitações técnicas”, reitera a produtora. A minifeira será prolongada até durar o estoque. Além de Cerro Negro, produtores de São José do Cerrito aproveitam para comercializar seus pescados. Habitualmente a minifeira acontece na segunda quarta-feira de cada mês, todavia, desta vez foi antecipada por conta da previsão de mau tempo no dia 14.
Feira de setembro vendeu mais de 600 quilos
De acordo com o assessor técnico da Secretaria de Agricultura, Alexsander Antunes, no mês passado a minifeira iniciou por volta das 8h30min e seguiu até por volta das 16h. Na ocasião foram vendidos mais de 600 quilos. A grande feira, realizada em abril, durante dois dias da Semana Santa, reunindo diversos produtores da região, teve venda superior a dez toneladas.
O suporte técnico fornecido gratuitamente aos cultivadores é essencial para o sucesso desse tipo de negócio. “Nós realizamos visitas técnicas nas propriedades pelas redondezas de Lages e acompanhamos de perto o trabalho dos produtores para que haja um manejo correto e adequado e amenizar riscos de prejuízos, uma vez que os alevinos devem receber atenção redobrada no seu início de vida, entre os quatro e seis meses”, diz Alexsander.
Na segunda-feira ele fez uma visita em uma chácara no bairro Penha, onde um senhor deseja implantar o cultivo de alevinos de tilápia em um açude. “Esse interesse nos empolga e é claro que ele terá nosso apoio”, destaca. Já houve cursos gratuitos no CAV como capacitação acerca da criação. O próprio CAV mantém aquários com criações como forma de experimentos em sua sede. Segundo Alexsander, um dos maiores produtores da região é Célio Branco, de Santa Terezinha do Salto. Ele dispõe, a cada feira, entre 300 e 400 quilos de carpa e tilápia. Porém, desta vez não pôde participar por falta de mão de obra e outros empecilhos.
Encomenda da mãe
A estudante Daniele Andrade, 18 anos, se deslocou do bairro Cidade Alta, deixou a mãe no local de trabalho e atendeu seu pedido: passar na minifeira e comprar peixe. Ela diz que seu avô tem um açude no sítio em Cerro Pelado, São José do Cerrito. “Vai fazer um ano que compramos alevinos e colocamos lá. Tem 200 tilápias e 150 carpas comuns. Ainda estão pequenas”, comenta Daniele.
Legenda: Habitualmente a minifeira acontece na segunda quarta-feira de cada mês, todavia, desta vez foi antecipada por conta da previsão de mau tempo no dia 14 (Foto: Cao Ghiorzi)
 
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