quinta-feira, 23 de março de 2017

Conscientização e atividades de educação ambiental no Dia Mundial da Água




Diversas instituições se uniram à Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente para promover ações que envolvam a comunidade e estudantes pelo uso consciente da água

   Nesta quarta-feira, dia 22 de março, o mundo todo celebra e preconiza a importância da preservação da água potável e disponibilidade dos recursos hídricos no meio ambiente. Em Lages, a Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente recrutou diversos parceiros para envolver a população e comunidade estudantil em diversas atividades, que foram realizadas no calçadão da praça João Costa.
   O evento “Educação – Água para todos” contou com a participação do Serviço Social do Comércio (Sesc), do  Consórcio Intermunicipal Serra Catarinense (Cisama), do Instituto José Paschoal Baggio (IJPB), com o projeto Carahá de Cara Nova e da Secretaria Municipal de Água e Saneamento (Semasa). “Unimos esforços para promover a conscientização, principalmente com nossas crianças, para o uso consciente da água. Hoje temos este recurso em abundância, mas daqui a pouco vai faltar. Então devemos evitar problemas no futuro”, salienta o secretário do Meio Ambiente, Euclides Mecabô (Tcha-Tcha).
   Alunos de diversas idades e escolas convidadas participaram das atividades de educação ambiental. Crianças foram convidadas a deixarem o seu recado, confeccionando cartazes chamando a atenção da própria comunidade para não desperdiçarem água potável. “Pequenas atitudes podem fazer a grande diferença. Trabalhar na educação, com este pressuposto, de que podemos encontrar alternativas interessantes para o consumo correto da água para as atividades domésticas, com certo controle, começam a surtir efeito”, comenta uma das organizadoras do evento, Silvia Oliveira.

Reciclagem da água da chuva

   Uma equipe do curso de Engenharia Sanitária e Ambiental do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), esteve presente apresentando um sistema alemão de captação da água da chuva, como uma das alternativas de reciclagem da água, evitando o desperdício. Muito comum na Alemanha, o sistema pode ser implantado nas residências a um custo baixo, comparando com o tamanho da economia na conta da água.
O sistema pode ser comprado pronto em lojas especializadas, ou improvisadas de forma criativa, utilizando canos, galões e uma caixa d’agua. A água captada pode ser utilizada para serviços domésticos, como lavar o carro, as calçadas e até roupas, embora não possa ser consumida ou usada no banho. Responsáveis pelo departamento de engenharia sanitária da universidade se dispõem a dar orientações aos interessados, através do telefone (49) 3289-9261.

Monitoramento do rio Carahá

   O principal rio urbano de Lages, com oito quilômetros de extensão que cortam a cidade, as águas do rio Carahá foram monitoradas. O resultado preliminar foi apresentado no evento desta quarta-feira e o assunto será discutido mais profundamente em uma reunião do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema).
   O trabalho foi realizado durante oito campanhas de coleta, onde foram selecionados 16 pontos do rio a serem estudados, com espaço de 500 metros de distância entre eles. Instrumentos importados foram utilizados para medir a vazão do rio e as análises da água foram realizadas por métodos tradicionais, baseados em tecnologias internacionais.
   O índice de qualidade de água apresentado foram um somatório de nove parâmetros elencados sobre o impacto do esgoto doméstico depositados em rios. Verificou-se que, dos 16 pontos, um único encontra-se razoável, podendo ser tratado, mas os outros são ruins, ou seja, não é possível um tratamento garantindo que a água coletada se torne potável.
   A água até poderia ser utilizada para outros fins, mas somente depois de um tratamento muito avançado, conforme explica o professor do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária do CAV, Everton Skoronski. “Lages conta com um sistema de tratamento de esgoto, um dos mais modernos no Brasil, funcionando muito bem, mas ainda opera com uma vazão baixa, comparando o volume de esgoto na cidade. Sabemos que em breve serão instalados novos equipamentos para a ampliação do volume de água tratada na estação. Nossa expectativa é que depois disso, voltamos a realizar a análise da água novamente, para verificar o impacto que teve sobre a qualidade do rio”, afirma.
O Cisama também trouxe uma maquete para exemplificar a formação da bacia hidrográfica dos rios da região e a importância da sua preservação, chamando a atenção do público que pedia por explicações.

Fotos: Carlos Alberto Becker
 


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