Banco Santander,
analistas, economistas e indústria descartam reeleição da petista para o país
voltar a crescer
O fracasso da política econômica insistentemente praticada pelo governo da
presidente Dilma Rousseff mesmo frente a inúmeros alertas emitidos nos últimos
meses por várias entidades de classe do empresariado, e inclusive por órgãos
oficiais, acaba de ser explicitado por uma das maiores instituições
financeiras do mundo, o poderoso banco espanhol Santander, em carta anexada
aos extratos enviados à sua clientela VIP com renda superior a R$ 10 mil
mensais.
Depois de cair como uma autêntica bomba no Palácio do Planalto, a carta
continua produzindo estragos importantes na campanha de Dilma ao deixar o
eleitorado com a pulga atrás da orelha sobre o que poderá vir a ocorrer no
ano que vem, caso ela seja reeleita, com risco de agravamento da crise, alta
da inflação e aumento das taxas de desemprego, como alerta o próprio
Santander na carta sob título “Você e seu dinheiro”.
Apesar da indignação dos petistas, que chegaram a cobrar demissões no
Santander e boicote às operações com o banco, economistas e analistas estão
divulgando sucessivas análises refletindo a preocupação de investidores com o
futuro da atual política econômica da presidente Dilma. Para eles, o pessimismo
com a gestão petista faz com que as chances de vitória da oposição nas
eleições presidenciais cheguem a 60% e até 70%. O maior indicador dessa
tendência é o próprio comportamento da bolsa paulista, que valoriza sempre
que Dilma tropeça nas pesquisas.
PESSIMISMO.
O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio
Neves, avalia que os resultados “apontam na mesma direção: o fracasso da
política econômica”. “Existe algo quando se fala de economia que é essencial
e fundamental: expectativa. A economia se move em função de expectativas. A
inflação se move em função de expectativas. Se você tem uma função represada,
há uma expectativa de que, em determinado momento, ela vai ser liberada. Isso
já gera uma prevenção, que acaba por alimentar a inflação. O atual governo
perdeu a capacidade de gerar expectativas positivas, seja nos agentes
internos, seja nos agentes externos. Isso impacta fortemente no nosso
crescimento”, disse Aécio.
Para Aécio, é hora de o governo federal parar de terceirizar responsabilidades,
já que países vizinhos, com economias menos complexas e estruturadas, crescem
mais do que o Brasil. “Mais quatro anos de governo do PT significa mais
quatro anos de baixíssimo crescimento, mais quatro anos com a inflação sem
controle e, infelizmente, com impactos que já começamos a perceber também no
emprego”, acrescentou.
Aécio Neves frisou que não considera a carta do banco à sua clientela uma
interferência no cenário político-eleitoral, como defendeu Dilma, e criticou
dirigentes do PT pela cobrança de demissões dos responsáveis na instituição
financeira. “Não adianta um dirigente partidário questionar, cobrar demissões
dentro de uma instituição financeira, porque teriam que demitir praticamente
todos os analistas de todas as instituições financeiras. Todos eles são muito
céticos em relação ao cenário da economia brasileira se continuar o atual
governo”, afirmou Aécio. |
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Agravamento da crise indica derrota de Dilma
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