Mulher
é condenada a oito anos de reclusão por matar o marido
Na
sessão mais longa do Salão do Júri deste ano, Maharisch Blue do Amaral e Silva
foi considerada pelos jurados culpada pela morte do companheiro, Ari dos
Santos, ocorrida em 2013. A sentença de oito anos de prisão por homicídio
simples foi anunciada perto das 5 horas da manhã desta quarta (21), quase 17
horas depois de iniciado o julgamento. Ela irá cumprir em regime semiaberto.
Os
jurados não reconheceram as duas qualificadoras, o motivo torpe e surpresa,
apontadas na denuncia. “Foi concedido a ela o direito de recorrer em liberdade
porque estava solta mediante ordem de habeas corpus do Tribunal de Justiça de
Santa Catarina, que fixou algumas medidas cautelares, por isso, mantive a
decisão”, destaca o juiz da 1ª Vara Criminal, Geraldo Correa Bastos.
O
magistrado aplicou a pena máxima de seis anos pelo crime de homicido e a elevou
em mais dois anos por ter sido ela a responsável em arquitetar o
crime. Presa em flagrante, a mulher já havia cumprido parte da pena em
regime fechado.
Muitas
pessoas acompanharam o julgamento
A
fila para entrar no Fórum Nereu Ramos começou a se formar às 8h. A maioria do
público estudante de Direito. Durante todo o dia e noite centenas de pessoas
acompanharam o julgamento de um dos casos de maior repercussão nos últimos
anos. Juízes, promotores, advogados se juntaram à comunidade para assistir aos
depoimentos e debates.
O
planejamento e execução do crime por Maharisch e o coautor Geavan Brasil chamou
a atenção. A anulação do primeiro julgamento da ré, em 2015, pelo Tribunal de
Justiça de Santa Catarina foi outro fato incomum na comarca de Lages. Condenado
a 14 anos de reclusão por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e
surpresa, ele cumpriu parte da pena em regime fechado em Lages e outra em
Curitibanos. Recentemente progrediu para o semiaberto.
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