Fim do Ministério do Trabalho satisfaz quem financiou campanha de Bolsonaro, diz Dresch
O
deputado estadual, Dirceu Dresch registrou hoje (02), com pesar, a morte aos 88
anos do Ministério do Trabalho, justamente num momento em que 27 milhões de
pessoas estão desempregadas ou subocupadas no Brasil. “É irônico que o maior
problema do Brasil hoje seja o desemprego e o governo eleito queira aniquilar o
ministério responsável pela política de geração de emprego e renda.
Criado
por Getúlio Vargas deixa de existir como órgão autônomo e independente para
defender o trabalhador brasileiro, como está previsto na Constituição. “Querem
satisfazer o desejo perverso de quem financiou a campanha eleitoral do
presidente eleito. Esse pessoal que tentou colocar cabresto nos funcionários
obrigando-os a votarem conforme seus interesses. Grandes latifundiários que
estão na lista do trabalho escravo”, elencou.
Para
Dresch, a extinção do ministério é pura retaliação. “Fica evidente que estão
usando de uma situação, de um discurso fajuto para aniquilar o ministério por
motivos ideológicos.” Para ele, o órgão precisa ser preservado e melhorado para
garantir os direitos e políticas de geração de emprego e renda. “Ser peça chave
para o desenvolvimento com inclusão social do Brasil, com fez o presidente
Lula.” Dresch acrescenta que o Brasil tem compromisso internacional com a
fiscalização do trabalho e que a medida terá impacto no comércio exterior com
países e empresas que exigem mecanismos de proteção social e da economia
solidária.
Para
o deputado, no processo de esquartejamento do Ministério do Trabalho o
presidente eleito quer repassar a área responsável pela emissão de registros
sindicais para o Ministério da Justiça. “Vai subordinar atividades sindicais à
jurisdição policial. É mais um passo na criminalização dos movimentos sociais e
na liberdade de organização dos trabalhadores”, lamentou.
Outro
absurdo citado por Dresch, é que os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), dinheiro do
trabalhador para ações de fomento ao emprego, que hoje soma mais de R$ 1 trilhão,
irão parar na mão do Ministério da Economia. “Vão meter a mão no dinheiro do
trabalhador para dar ao mercado financeiro, para os banqueiros e
especuladores”, denunciou.
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