O relatório que o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento)
divulgou no último dia 29, traz revelações inquietantes a respeito da
distribuição de renda, mostrando com números insuspeitos, que o mundo nunca
esteve tão rico, mas que a riqueza nunca esteve tão mal distribuída como
hoje.
No seu recente livro “O Futuro”, Al
Gore mostra como se processam os fluxos financeiros na rede mundial que ele
chama de Terra S/A. A velocidade eletrônica com que o dinheiro viaja pelos cinco
continentes criou um cenário de aceleração dessa concentração.
Segundo aquele ex-vice presidente da
República dos Estados Unidos, no seu país, a concentração de renda chegou a tal
extremo que umas 400 famílias açambarcam um patrimônio equivalente à soma de
outros cento e 30a milhões de norte-americanos.
O relatório do PNUD, que tem o título
“Humanidade Dividida; confrontando a desigualdade nos países em
desenvolvimento”, faz revelações estarrecedoras. Cerca de 1% da população
mundial, apenas, concentra em suas mãos 40% da riqueza. Por outro lado, 50%
dessa mesma população reúne apenas 1% da riqueza gerada no planeta.
A distribuição da riqueza mundial
sempre foi muito injusta, mas essa injustiça cresceu sobremaneira depois da
Segunda Guerra Mundial, justamente o período de maior crescimento econômico em
toda a história da humanidade. O bolo da riqueza inflou acelerada e
espantosamente, mas só sobraram nacos para a população mais pobre, concentrada
na África, na Ásia e na América Latina
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