segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

A VEZ DAS NOVAS LIDERANÇAS CHEGOU



A VEZ DAS NOVAS LIDERANÇAS
                Foi com grande alvoroço que os meios políticos brasileiros reagiram às manifestações públicas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sobre uma possível candidatura do apresentador da TV Globo, Luciano Huck. De xingamentos irritados da oposição a comentários apreensivos das autoridades palacianas de Brasília, sobrou até um silêncio eloquente para as bordas do ninho tucano.
                Mas parece que poucos analistas se deram conta, que a estas aturas de vida, FHC pode se permitir um olhar distanciado, tão necessário a um sociólogo, para avaliar com mais equidistância o momento político singular hoje vivenciado pela sociedade brasileira. É neste momento que um ex-presidente da República pode e deve fazer suas considerações, o quanto possível desapaixonadas sobre candidaturas, mesmo sendo reconhecido como uma das principais lideranças do PSDB nacional.
                Embora tendo mencionado nominalmente Luciano Huck, é evidente que FHC esteja indicando o imenso vácuo existente no universo de possíveis candidaturas presidenciais para 2018, num campo muito específico, que atenda as visíveis demandas do eleitor brasileiro: a presença de um nome novo, sem muita vinculação partidária, capaz de mobilizar de alguma forma a população, e que sinalize de forma clara uma vontade de buscar uma outra via para o exercício político do poder. Devem existir dezenas, quiçá centenas de jovens lideranças brasileiras com esse perfil, mas quem se habilita?
                Essa intervenção do velho sociólogo FHC, de certa forma, não deixa de indicar uma velada crítica às novas gerações, que assistem passivamente ao dramático momento político brasileiro, como se pouco ou nada tivessem a ver com ele. É certo que há no Judiciário e no Executivo algumas jovens lideranças concursadas querendo fazer a diferença. Mas no poder Legislativo, o espaço político por excelência, parece que tais lideranças preferem se manter submissas às ordens das velhas raposas, sem qualquer coragem para ousar outros caminhos.
                Há momentos cruciais na vida das sociedades, onde se faz necessária uma atitude revolucionária, que não precisa ser violenta. Nestes momentos, são as novas gerações as mais aptas para os necessários rompimentos e posterior construção de novos modelos. Cadê essa nova geração? Talvez seja esta a pergunta que o ex-presidente esteja se fazendo agora – apesar dos amuos e indefinições de seus aturdidos colegas de partido.
ESPELHO POLÍTICO
Na última semana lançamos uma enquete na minha Fanpage perguntando: “Se a eleição presidencial fosse hoje, em quem você votaria?”.
Na coluna desta semana, trago o resultado da nossa pesquisa que teve 891 participações em nove dias (20 a 29 de janeiro). A enquete indicou 13 nomes de pré-candidatos, além das opções “outro” e “nenhum”: 35% dos participantes votariam em Jair Bolsonaro (PSL), 12% em João Amoêdo (Novo), 10% em Lula (PT) e Álvaro Dias (Podemos), 8% em Ciro Gomes (PDT). Marina Silva (Rede) aparece com 7%, Geraldo Alckmin (PSDB) e Joaquim Barbosa (sem partido) com 2%, Manoela D'Avila (PCdoB), Guilherme Boulos (PSOL) e Henrique Meirelles (PSD) com 1% e Luciano Huck (sem partido) e Fernando Collor de Mello (PTC) receberam menos de 1% das intenções de votos. Para fechar, 8% dos participantes não votariam em nenhum dos candidatos listados e 3% em outro nome.
OPINE
Quer debater ou expressar sua opinião?
Entre e comente na nossa Fanpage www.facebook.com/codeputado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O e-Título ainda pode ser baixado gratuitamente para o 2º turno de votação

  [Trescimprensa] O e-Título ainda pode ser baixado gratuitamente para o 2º turno de votação Responder para o remetente   Hoje 14:4 O e-Títu...