Coruja diz que "o governador sainte quer
boicotar a ação mais importante da Assembleia Estadual em benefício dos
catarinenses"
Na sessão plenária desta terça-feira (20.02),
o deputado Fernando Coruja mostrou-se indignado com dois atos de Raimundo
Colombo que, pouco antes de embarcar para a Europa, entrou com uma ação direta de
inconstitucionalidade (ADI) para impugnar a Emenda Constitucional n°72/2016
(que aumentou os recursos para a saúde de 12 para 15%) e em dezembro editou medida provisória (MP
218/2017), permitindo somar os recursos do fundo destinado aos hospitais filantrópicos
na contabilidade do percentual mínimo que o estado precisa investir em saúde.
Indignado, Coruja lembrou que a Emenda
Constitucional (PEC 02/2016) que prevê o aumento de 12% para 15% no percentual
dos recursos destinados pelo governo para a área da saúde, nos municípios, foi
votada e aprovada por unanimidade pelos parlamentares catarinenses "e
podemos afirmar que foi uma das ações mais importantes desta Casa em benefício
dos catarinenses".
Coruja ressaltou ainda que a proposta dessa
PEC se originou na maioria absoluta das Câmaras de vereadores de Santa
Catarina. 'Os vereadores ouviram o clamor da população e então propuseram uma
ação inédita em nosso estado, alterando a Constituição Estadual a partir dos
municípios, conforme prevê a Constituição".
Os motivos apontados na ADI pelo governador
licenciado, foram questionados por Coruja que, apoiado por seus pares na
Assembleia de Santa Catarina, promete fazer junto ao STF uma boa defesa da
constitucionalidade da Emenda. "A Assembleia Legislativa é legítima
representante do povo catarinense que, por meio de seus representantes nos
municípios, os vereadores eleitos, decidiu aumentar o percentual de
investimento na saúde. É legítimo o legislativo discutir políticas
públicas", ressalta Coruja.
Para o deputado Coruja, "Colombo, o
governador sainte, será lembrado por boicotar as medidas adotadas pela
Assembleia com vistas a aumentar os recursos da saúde. Em relação à saúde o
governador licenciado foi um fracasso. Na minha cidade, Lages, a situação do Hospital
Geral Tereza Ramos é a pior já registrada e esse quadro se repete em várias
cidades de Santa Catarina", lembrou o deputado Coruja que hoje foi eleito
vice-presidente da Comissão de Saúde. A discussão desses assuntos já está na
pauta da próxima reunião da Comissão.
Membros
das bancadas do PP, PT e PSD também condenaram na sessão desta terça-feira a ação direta de inconstitucionalidade (ADI)
proposta pelo Executivo contra a Emenda Constitucional nº 72/2016.“Vamos
acompanhar a tramitação da ADI e vamos lutar pela defesa da emenda, não podemos
prescindir destes recursos, a partir do ano que vem serão mais de R$ 600
milhões”, denunciou José Milton Scheffer (PP).“Neste caso o governo errou, errou na fundamentação legal e no aspecto político, porque a lei mais importante do parlamento em 2017 foi sem dúvida alguma a elevação do percentual constitucional de 12% para 15%, a saúde se constitui em prioridade das prioridades para qualquer agente público”, discursou o líder do governo, Darci de Matos. “Não me surpreendo com sua posição, aprovamos por unanimidade a emenda, a Judicialização é lamentável”, declarou Neodi Saretta (PT), referindo-se à opinião de Darci de Matos.
Em relação ao recursos do fundo destinado aos hospitais filantrópicos, que deveriam ser utilizados no atendimento à população necessitada de cirurgias eletivas, conforme estabelecido, Coruja lembrou que "nenhum novo atendimento foi realizado, o governo desviou a verba para pagar dívidas acumuladas".
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