Em toda a Serra,
em período de safra normal, a produção média é de 250 mil sacas; desse total,
Lages é responsável por 10%
A colheita do
pinhão teve início no dia 1º de abril e nestas primeiras duas semanas notou-se
queda na produção deste ano. O secretário de Agricultura e Pesca, João Pereira,
acompanhou um dia de colheita na propriedade do produtor Oneide de Liz, na tarde
desta quarta-feira (17), na Coxilha Rica. Em toda a Serra, em período de safra
normal, a produção média é de 250 mil sacas; desse total, Lages é responsável
por 10%. Para este ano a expectativa é de queda de 50% se comparado com anos
anteriores, porém, os produtores estão confiantes com a margem de
lucro.
De acordo com
João Pereira, a quebra de safra se deu pela alternância de ciclos da araucária.
“O pinheiro da araucária se desenvolve de maneira nativa, ou seja, sem o manejo
do agricultor; isto é, se reproduz de maneira natural”, explica. De tempos em
tempos acontece à regulação da araucária em seu ciclo biológico, o que interfere
na produção. “Como a araucária se reproduz em estado nativo, existe variação de
safra; neste ano houve um agravamento em função da seca, no início do verão, e
da geada tardia no ano passado”, conta o secretário.
Mesmo com dados
negativos, João Pereira acredita que o produtor não sofrerá com a queda na
produção. “Em Lages, a renda oriunda da colheita do pinhão não é tão expressiva;
claro que neste ano haverá queda nos rendimentos, mas nada que comprometa a
renda durante o inverno”, afirma. A expectativa é que para o ano que vem a
colheita seja bem melhor. “Temos observado que a pinha que estará pronta para
colheita no ano que vem já está em formação; espera-se uma safra melhor”,
relata.
À venda na
feira
O produtor e
empresário Oneide de Liz, que complementa sua renda com a safra do pinhão, mesmo
com uma colheita menor espera obter lucro. “Este é um ano fraco de pinhão, mas
até o fim da safra pretendo extrair 1,5 tonelada da semente, o que é pouco se
comparar com anos anteriores”, revela.
Oneide conta que
comercializará o pinhão na Feira Sabor do Campo, junto aos demais produtos que
oferece aos lageanos. “O pinhão é um recurso a mais que tiro da terra para
comercializar, que resulta em dinheiro extra; será bem investido na propriedade.
E o apoio da Secretaria de Agricultura e Pesca, na Feira Sabor do Campo,
contribui para o fomento”, reitera.
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