Familiares
devem se dirigir aos locais e verificar possíveis riscos de criação de lavas
Em visita
aos cemitérios municipais Cruz das Almas e Nossa Senhora da Penha, nesta
quinta-feira (18 de janeiro), a Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente
constatou grande quantidade de vasos de flores naturais e plásticas e velários
com depósito de água. Juntamente ao atual período de chuvas e calor excessivo,
formam um composto ideal propício para a criação de lavas e proliferação do
mosquito Aedes Aegypti,
transmissor da dengue, Febre Chikungunya,
Zika Vírus e
febre amarela.
A
administração do cemitério está eliminando estas águas dentro do possível
diante da grande quantidade de recipientes distribuídos entre os túmulos.
“Porém, é de suma importância que a comunidade participe e nos auxilie,
principalmente familiares de entes sepultados nos dois cemitérios urbanos e
fora da cidade, como é o caso de Índios. É um assunto muito sério. Uma picada
deste inseto pode levar a problemas complicados. Uma questão de saúde pública e
todos devem se comprometer com a verificação e retirada”, recomenda o
secretário de Serviços Públicos e Meio Ambiente, Euclides Mecabô (Tchá Tchá).
Os vasos podem ser preenchidos com terra ou areia, ou simplesmente virados de
ponta-cabeça. Contudo, se não estiverem sendo utilizados devem ser descartados
nas lixeiras. Outros tipos de resíduos, como pacotes de velas vazios, caixas de
fósforos e sacolas, são encontrados dentro dos cemitérios e devem ser jogados
nos recipientes corretos destinados ao lixo.
Profissionais
da Secretaria de Serviços Públicos realizam vistorias permanentes com a
finalidade de combater eventuais criadouros do mosquito. Agentes do Programa de
Controle do Aedes aegypti,
vinculados à Vigilância Epidemiológica, da Secretaria da Saúde, efetuam
inspeções em armadilhas e em pontos estratégicos com grande quantidade de
depósito de acúmulo de água parada pela cidade, como ferros-velhos,
borracharias, cemitérios e floriculturas. Visitas domiciliares são realizadas
quando há denúncias a partir de demanda espontânea da população.
Perigo
constante
Em média,
a fêmea do mosquito põe cerca de 100 ovos durante toda sua vida, que dura 30
dias. O inseto não faz a postura em uma única vez, mas de forma espaçada em
diferentes pontos para garantir a sobrevivência da espécie, dificultando seu
controle.
Dicas
que salvam vidas
Com o
verão, a instrução à população é reforçada, de que sejam eliminadas chances de
acúmulo de água parada, a exemplo do lixo jogado no quintal que possa servir de
criadouro ao receber chuva, fazer tratamento correto das piscinas com
utilização de cloro, verificar cômodos com ralo (se não estiver sendo usado
deve ser fechado) e preencher vasos de plantas com areia.
Sintomas
Normalmente,
os sinais que podem indicar dengue, Febre Chikungunya
e Zika Vírus
são febre e dor de cabeça, nas articulações e no fundo dos olhos. No caso da Chikungunya, a dor é
mais intensa nas articulações. E no Zika
é como se estivesse com a forma branda da dengue, sem febre alta, e tem duração
menor dos sintomas.
No caso da
febre amarela, as primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta,
calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de
três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve
período de bem estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências
hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações
hemorrágicas e cansaço intenso.
Tratamento
de combate à dengue
Não há nenhuma
droga antiviral específica para a dengue, portanto manter o equilíbrio hídrico
(hidratação) adequado é importante para o paciente diagnosticado. O tratamento
depende dos sintomas apresentados, variando desde terapia
de reidratação oral em casa com acompanhamento, até a internação com a
administração de fluidos intravenosos e/ou transfusão de
sangue. A decisão de internação hospitalar geralmente é baseada na presença
dos “sinais de alerta”, especialmente em pessoas com condições de saúde
preexistentes.
Legenda
foto: Chuvas recorrentes e calor em excesso são os principais motivos do
surgimento do mosquito.
Fotos:
Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente/Divulgação
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