Simpático
e atencioso, treinador do Sesc/RJ foi distribuiu autógrafos e posou para fotos
Com Lages
mais uma vez no centro das atenções no esporte foi realizado o segundo dia de
palestras durante o Seminário Interdisciplinar de Voleibol nesta quinta-feira
(18), uma das atrações preliminares às disputas semi e finais da Copa Brasil de
Vôlei Feminino, marcadas para a noite desta quinta e sexta (18 e 19), no
Ginásio Jones Minosso. O ápice do dia foi a apresentação de um dos maiores
campeões da história do voleibol, Bernardo Rezende, o Bernardinho. O treinador
do Sesc/RJ falou de conquista e sustentabilidade, apostando numa abordagem de
conteúdo afetivo e menos técnico. Baseado em histórias reais de grandes ícones
da história, como o ex-presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, e em
mensagens metafóricas, Bernardinho prendeu os olhares e estabeleceu uma
reflexão à plateia, que praticamente lotou o auditório da Associação
Empresarial de Lages (Acil).
Entre os pontos
esmiuçados esteve a construção do processo de liderança, em que a base é o
respeito à integridade de valores éticos e morais. “O líder deve fazer a coisa
certa. Autenticidade, saber ouvir, empatia e cumprir o que se promete também
são essenciais no trabalho em equipe, bem como disciplina, humildade e
resiliência”, ressalta Bernardo.
No misto
de técnica e emoção, o técnico utilizou-se também de obras literárias para
compor sua explanação - o livro “Arrume a sua cama: pequenas atitudes que podem
mudar a sua vida... e talvez o mundo”, de William H. McRaven, um almirante
aposentado da Marinha americana, ensina como as simples tarefas diárias podem
transformar a vida das pessoas. “Hábitos de excelência devem ser desenvolvidos
todo dia. E tudo conta neste processo”, reitera o treinador. Ele ainda dividiu
as principais tensões na carreira e as mais difíceis decisões em finais de
compeitções, a exemplo do corte de atletas, bem como vitórias e ranking, em que o Brasil
é líder por vários anos consecutivos. “Chegar ao sucesso e depois tomar as
ações para se manter sem cair na zona de conforto. Este é um desafio. De nada
adianta talento sem obstinação. O coração e a entrega são fatores cruciais.
Todos por um objetivo, engajados, unidos em equipe. Ego e vaidade fora do
controle atrapalham, e muito. Todos têm sua importância até se chegar aos
pontos”, propõe Bernardinho.
Uma das
partes de sua palestra homenageia o líbero Serginho, eleito o melhor do mundo
em 2009 e 2016. “Trabalhamos 16 anos juntos. O líbero não pontua, é um
apoiador. E no esporte não há nenhum atleta de menor importância. Por isto ele
foi o melhor em dois anos”, reconhece, mostrando fotos especiais do atleta.
Sobre o
Ginásio Jones Minosso, Bernardinho reconheceu as boas condições da estrutura.
“O Ginásio é ótimo. Nós já havíamos jogado contra Rio do Sul noutra época.
Bacana poder ter uma competição dessa importância aqui, com as quatro
principais equipes do Brasil. O espaço atende perfeitamente a uma competição de
altíssimo nível.”
Como
treinador, Bernardinho, 57 anos, é um dos maiores campeões da história do
voleibol, acumulando mais de 30 títulos importantes em 22 anos de carreira
dirigindo as seleções brasileiras feminina e masculina. Entre 2001 e 2017 foi o
técnico da Seleção
Brasileira de Voleibol Masculino, tendo conquistado dois ouros olímpicos
(2004 e 2016), três Campeonatos
Mundiais, duas Copas
do Mundo, três Copas
dos Campeões e oito Ligas Mundiais.
Em
paralelo a sua passagem pela Seleção
Brasileira de Voleibol Feminino, Bernardinho conquistou seis medalhas
olímpicas consecutivas (de 1996, em Atlanta, a 2016, no Rio de Janeiro): dois
bronzes, duas pratas e dois ouros. Como empresário, possui diversos
empreendimentos, incluindo a maior rede de academias de América Latina,
além de projetos sociais como o Instituto Compartilhar, que visa desenvolver
jovens de comunidades carentes através do esporte.
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