Aumento de
Impostos: Governo do Estado é pressionado para revogar
Deputados
Estaduais e o Setor Produtivo já apresentaram propostas
A
bancada do Partido Progressista na Assembleia Legislativa apresentou uma
Proposta de Sustação de Ato (PSA), para os decretos assinados pelo então
Governador do Estado, Eduardo Pinho Moreira (MDB), no apagar das luzes do dia
27 de dezembro de 2018. O deputado estadual Altair Silva (Progressistas)
defendeu a proposta nesta terça-feira (12) em plenário, afirmando que os
decretos apresentados fazem com que o ICMS incidente sobre produtos básicos
como feijão, arroz, macarrão, farinha e pão, por exemplo, passem de 7% para
12%, com um aumento de 58,3%.
Conforme
Altair, os decretos teriam que passar pela ALESC para serem apreciados e não
apenas assinados pelo Governador. “A sociedade não aguenta mais aumento nos
impostos. Quem trabalha e produz não pode pagar essa conta. Propusemos junto
com os demais deputados Progressistas a sustação, porque entendemos que está
fora da legalidade a tramitação. O Governo não pode governar por decreto sem
passar pela ALESC”, comentou Altair.
A
proposta analisa a lei nº 17.566, de 7 de agosto de 2018, que não permite que o
Governado do Estado publique decretos sem antes ter passado pela aprovação da
Assembleia Legislativa. Neste caso, o então governador, Eduardo Pinho Moreira
(MDB), não cumpriu os requisitos constitucionais e legais, extrapolando suas
prerrogativas, conforme consta no parágrafo terceiro, do artigo 45,
“obrigatoriamente a Secretaria de Estado da Fazenda tem que fazer a análise
[dos benefícios fiscais] sobre a sua continuidade ou não em um prazo de até
cinco meses, devendo ter homologação expressa da casa legislativa”.
As
medidas de aumento de imposto impactarão em toda a cadeia produtiva catarinense
e chegarão aos consumidores, sobretudo, nos produtos da cesta básica. “A
população e os produtores já pagam um preço muito alto e não pode pagar mais
esta conta, e com a exclusão do benefício aos insumos agrícolas, que atualmente
não são tributados e passarão a ser em 17%, haverá aumento dos custos de
produção de grãos, leite e carne, bem como perda da competitividade dos
produtos agrícolas catarinenses nos mercados nacional e internacional”, frisou
Altair.
A
Proposta de Sustação de Ato (PSA) foi assinada pelos três deputados da bancada,
Altair Silva, João Amin e José Milton Scheffer e protocolada na ALESC.
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