Estiagem: Prefeitura atua em ação emergencial com água potável para famílias residentes no interior de Lages
Estiagem: Prefeitura atua em ação emergencial com água potável para famílias residentes no interior de Lages
Prefeito Antonio Ceron afirma que 35 localidades do interior serão atendidas, num primeiro momento. Três poços artesianos serão perfurados para atender locais mais afetados pela estiagem
Na manhã desta sexta-feira (8 de maio) três propriedades rurais localizadas no Cajuru, na região da Coxilha Rica, foram abastecidas com água potável carregadas por caminhão-pipa do 1º Batalhão Ferroviário de Lages. A operação teve o apoio da Defesa Civil Municipal e a coordenação da Secretaria da Agricultura e Pesca, da Prefeitura de Lages.
Outras localidades já atendidas nesta ação emergencial são as de Cabo de Lança, Boqueirão, Santa Terezinha do Boqueirão, Macacos, Rancho de Tábuas e Rio do Val (próximo a Macacos).
O caminhão-pipa do Exército é inicialmente abastecido com água no 6º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Lages, de onde sai pela manhã para o interior do município que sofre com a estiagem prolongada pela irregularidade das chuvas, fato este que se estende desde o final do ano de 2019, segundo informações do meteorologista Ronaldo Coutinho.
Coutinho que é engenheiro agrônomo e atua na Climaterra, empresa especializada em estudos e levantamentos meteorológicos, afirma que esta estiagem é a maior dos últimos 70 anos na região da Serra, fato este comprovado por moradores do Cajuru. “Resido aqui no Cajuru há 20 anos e meu pai se criou aqui. Até hoje, nunca havido outra seca igual a esta”, fala Sônia Figueiredo, 53 anos, proprietária rural. Na área urbana de Lages a estiagem é considerada a mais forte dos últimos 48 anos.
Sônia é presidente da Comunidade Rural Organizada do Cajuru e relata que das duas fontes de água da propriedade só uma ainda não secou. “Não secou, mas corre apenas um filete de água que chega até um reservatório. Já faz dois meses que a outra fonte secou e neste tempo o filete de água da segunda fonte ainda não encheu a caixa de água”, conta Sônia.
Esta água abastece a casa da família que reside na propriedade, enquanto que para a manutenção do rebanho de gado, a água vem de um açude.
Já na propriedade vizinha, de Amélia Terezinha Rodrigues, também há falta de água para o consumo familiar, sendo que para o gado a água igualmente vem de um açude. “Já estávamos sem água para o consumo da casa e agora com esses dois mil litros do carro pipa teremos água por um determinado tempo”, disse Amélia.
“Moro aqui há 25 anos. Meus sogros que já residiram aqui há muito mais tempo nunca falaram que tivesse ocorrido uma seca tão rigorosa como esta”, disse a proprietária rural.
O prefeito Antonio Ceron disse que esta ação emergencial irá beneficiar, num primeiro momento 35 localidades do interior, onde a falta de água afeta mais a vida dos agropecuaristas.
Estudo será feito pela Secretaria de Águas e Saneamento (Semasa), por determinação do prefeito, para que sejam perfurados poços nas localidades com maiores problemas de falta de água provocada pela irregularidade nas chuvas.
Pelo menos três poços artesianos deverão ser perfurados, em um curto espaço de tempo, através de convênio firmado com a Associação dos Municípios da Região Serrana (Amures), segundo afirma o prefeito Ceron. Como medida de prevenção, o prefeito assinou o Decreto de Emergência, devido à estiagem que castiga o município.
A prefeitura atende os comunicados de falta de água, no interior de Lages, através dos telefones 3019-7476 (Secretaria da Agricultura), 115 (plantão da Semasa), além dos números 98406-4037 e 199 atendimento da Defesa Civil.
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