Santa Catarina encerra 2018 com alta nas
exportações de carnes
Grande produtor de carnes, Santa Catarina
amplia sua presença internacional e encerra 2018 com crescimento nos embarques
de carne de frango e de suínos. Ao todo, o faturamento com as exportações dos
dois produtos passou de US$ 2,44 bilhões no último ano, com 1,4 milhão de
toneladas vendidas para outros países.
A carne de frango é o principal produto da
pauta de exportações catarinense e em 2018 foram mais de 1 milhão de toneladas embarcadas
para mais de 135 países – gerando receitas de US$ 1,8 bilhão. Os valores são,
respectivamente, 12,16% e 1,35% maiores do que os registrados em 2017. Santa
Catarina respondeu por 28,67% do faturamento brasileiro com as exportações de
carne de frango no último ano. Os principais mercados para o produto
catarinense foram: Japão, China e Arábia Saudita.
De acordo com o secretário da Agricultura e
da Pesca, Ricardo de Gouvêa, a expectativa é de que o ano de 2019 seja ainda
melhor para as exportações catarinenses. “Esperamos retomar os embarques de
carne suína para a Rússia, além de abrir novos mercados importantes como México
e Canadá. Para a carne de frango também há uma tendência de crescimento,
principalmente com o retorno das exportações para a União Europeia. Sem contar
a China, que continuará sendo um grande destino para as carnes produzidas em
Santa Catarina”, destaca.
O bom resultado catarinense vai na
contramão do cenário nacional – o país acabou 2018 com uma queda de 10,13% no
faturamento com as exportações de carne de frango. Ao longo do ano, o Brasil
embarcou 4 milhões de toneladas do produto, gerando receitas que passam de US$
6,4 bilhões.
Carne Suína
Maior produtor nacional de suínos, Santa
Catarina respondeu por 51% das exportações brasileiras do produto em 2018.
Foram 326,3 mil de toneladas embarcadas para mais de 68 países, resultando num
faturamento de US$ 608,4 milhões.
O estado registrou um aumento de 18,1% na
quantidade exportada e uma queda de 4,8% nas receitas. O analista de
Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Alexandre Luís Giehl,
explica que, com o embargo russo às carnes brasileiras, Santa Catarina
redirecionou as exportações para outros países, porém esses mercados acabam
pagando um valor menor pela tonelada, por isso o crescimento na quantidade e a
queda no valor arrecadado ao longo ao ano.
Os principais mercados para carne suína
catarinense foram China, Hong Kong e Chile. A China passou a ser o maior
comprador do produto, ampliando em 172,4% as importações em relação a 2017.
Também chama a atenção o crescimento das exportações para as Filipinas, que
registraram crescimento de 623,2% no volume importado de Santa Catarina – o
país passou a ser o sétimo maior comprador da carne suína catarinense.
Assim como acontece com a carne de frango, o Brasil registrou uma queda significativa nos embarques de carne suína em 2018. O país embarcou 635,4 mil toneladas, faturando aproximadamente US$ 1,2 bilhão – o valor é 26,2% menor do que em 2017.
Os números foram divulgados pelo Ministério
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e analisados pelo Centro de
Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).
Diferencial catarinense
A sanidade agropecuária é o grande
diferencial de Santa Catarina. O estado se mantém como única zona livre de
febre aftosa sem vacinação do Brasil, além de zona livre de peste suína
clássica, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal. O status
sanitário diferenciado garante o acesso aos mercados mais exigentes.
Além disso, Santa Catarina foi o primeiro
lugar do mundo a implantar a compartimentação da avicultura de corte,
certificado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e
implantado na Seara Alimentos em Itapiranga. A compartimentação funciona
mapeando e isolando os aviários e frigoríficos, como um sistema fechado, e é
garantia de sanidade animal e segurança alimentar.
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