quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Santa Catarina encerra 2018 com alta nas exportações de carnes


Santa Catarina encerra 2018 com alta nas exportações de carnes

Grande produtor de carnes, Santa Catarina amplia sua presença internacional e encerra 2018 com crescimento nos embarques de carne de frango e de suínos. Ao todo, o faturamento com as exportações dos dois produtos passou de US$ 2,44 bilhões no último ano, com 1,4 milhão de toneladas vendidas para outros países.  

A carne de frango é o principal produto da pauta de exportações catarinense e em 2018 foram mais de 1 milhão de toneladas embarcadas para mais de 135 países – gerando receitas de US$ 1,8 bilhão. Os valores são, respectivamente, 12,16% e 1,35% maiores do que os registrados em 2017. Santa Catarina respondeu por 28,67% do faturamento brasileiro com as exportações de carne de frango no último ano. Os principais mercados para o produto catarinense foram: Japão, China e Arábia Saudita.

De acordo com o secretário da Agricultura e da Pesca, Ricardo de Gouvêa, a expectativa é de que o ano de 2019 seja ainda melhor para as exportações catarinenses. “Esperamos retomar os embarques de carne suína para a Rússia, além de abrir novos mercados importantes como México e Canadá. Para a carne de frango também há uma tendência de crescimento, principalmente com o retorno das exportações para a União Europeia. Sem contar a China, que continuará sendo um grande destino para as carnes produzidas em Santa Catarina”, destaca.

O bom resultado catarinense vai na contramão do cenário nacional – o país acabou 2018 com uma queda de 10,13% no faturamento com as exportações de carne de frango. Ao longo do ano, o Brasil embarcou 4 milhões de toneladas do produto, gerando receitas que passam de US$ 6,4 bilhões.

Carne Suína
Maior produtor nacional de suínos, Santa Catarina respondeu por 51% das exportações brasileiras do produto em 2018. Foram 326,3 mil de toneladas embarcadas para mais de 68 países, resultando num faturamento de US$ 608,4 milhões.

O estado registrou um aumento de 18,1% na quantidade exportada e uma queda de 4,8% nas receitas. O analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Alexandre Luís Giehl, explica que, com o embargo russo às carnes brasileiras, Santa Catarina redirecionou as exportações para outros países, porém esses mercados acabam pagando um valor menor pela tonelada, por isso o crescimento na quantidade e a queda no valor arrecadado ao longo ao ano.

Os principais mercados para carne suína catarinense foram China, Hong Kong e Chile. A China passou a ser o maior comprador do produto, ampliando em 172,4% as importações em relação a 2017. Também chama a atenção o crescimento das exportações para as Filipinas, que registraram crescimento de 623,2% no volume importado de Santa Catarina – o país passou a ser o sétimo maior comprador da carne suína catarinense.

Assim como acontece com a carne de frango, o Brasil registrou uma queda significativa nos embarques de carne suína em 2018. O país embarcou 635,4 mil toneladas, faturando aproximadamente US$ 1,2 bilhão – o valor é 26,2% menor do que em 2017.

Os números foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).

Diferencial catarinense
A sanidade agropecuária é o grande diferencial de Santa Catarina. O estado se mantém como única zona livre de febre aftosa sem vacinação do Brasil, além de zona livre de peste suína clássica, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal. O status sanitário diferenciado garante o acesso aos mercados mais exigentes.

Além disso, Santa Catarina foi o primeiro lugar do mundo a implantar a compartimentação da avicultura de corte, certificado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e implantado na Seara Alimentos em Itapiranga. A compartimentação funciona mapeando e isolando os aviários e frigoríficos, como um sistema fechado, e é garantia de sanidade animal e segurança alimentar.

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