quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Ao todo, 116 pesquisas nacionais para enfrentamento da Covid-19 são expostas no Seminário Marco Zero.


 “Contribuir na geração de produtos, formulação, implementação e avaliação de ações públicas voltadas para a melhoria das condições de saúde da população brasileira” - Ministério da Saúde (MS)


O Seminário Marco Zero, encontro desenvolvido na modalidade virtual (on-line), está oportunizando a explanação detalhada de 116 pesquisas científicas selecionadas pelo Ministério da Saúde (MS)/Governo Federal, com enfoque no combate ao novo Coronavírus, gerador da doença Covid-19, e compreende uma iniciativa do próprio Ministério da Saúde (MS), começada na segunda-feira (5 de outubro) e será estendida até a próxima sexta-feira (9 de outubro). O evento cumpre a finalidade de “alinhar as estratégias e os métodos apresentados pelos pesquisadores às políticas e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS)”, conforme argumenta o Ministério da Saúde (MS).


Os projetos foram inseridos em cinco linhas de pesquisas que envolvem tratamentos, vacinas, diagnóstico para Covid-19 e desenvolvimento de estudos para avaliação da ação do vírus no corpo humano, entre outros tópicos. As pesquisas são pertinentes à chamada pública “Pesquisas para enfrentamento da Covid-19, suas consequências e outras síndromes respiratórias agudas graves”, lançada em abril por intermédio da parceria entre o Ministério da Saúde, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).


De acordo com o Ministério da Saúde, das 2.219 pesquisas submetidas para análise, 116 projetos foram selecionados para “contribuir na geração de produtos, formulação, implementação e avaliação de ações públicas voltadas para a melhoria das condições de saúde da população brasileira”.


O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, salientou, na abertura do Seminário Marco Zero, na segunda-feira (5), que, “os debates entre pesquisadores e equipes técnicas do Ministério agregam qualidade à rede pública de saúde. O SUS foi evoluindo ao longo do tempo considerando ciência e inovação. O Marco Zero vem contribuir para levar esta ciência acumulada de forma prática à população brasileira, transformando ciência em saúde. Esta semana será de dias de trabalho intenso e teremos de lidar com a pandemia de forma sábia e científica”.


O Governo Federal destinou R$ 70 milhões como investimento para financiar as pesquisas. Deste total, R$ 20 milhões foram repassados pelo Ministério da Saúde por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (Decit/SCTIE). O valor restante foi proveniente do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, através do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).


O secretário municipal da Saúde de Lages, Claiton Camargo de Souza, lembra que, “estes projetos podem facilitar e melhorar, sim, a visão e a aplicação dos métodos para o combate e prevenção ao novo Coronavírus. Este é um vírus novo, ainda enigmático em diversos aspectos, mas já houve uma evolução significativa na questão de ciência e prática. E o Coronavírus já não é um mistério em totalidade. As pesquisas para a criação de uma vacina são incessantes, assim como os estudos e experimentos, e logo, logo deveremos ter esta boa notícia para o mundo inteiro: Um dispositivo de prevenção que salvará vidas”.


Claiton Camargo de Souza ainda ressalta: “Cada dia é de desafios e descobertas. Desvendar a Covid-19 de forma expansiva é um marco deste século. Os esforços de pesquisadores, cientistas e profissionais e autoridades de Saúde têm sido extremamente intensos neste viés. É uma luta que não tem dia nem hora para acabar”.


Sobre as precauções, o secretário da Saúde é pontual: “Apesar de o cenário das estatísticas ter melhorado, a exemplo dos recuperados (3.202, de um total de 3.309 casos confirmados), certa estabilidade no surgimento de novos casos, redução na frequência do número de óbitos e a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estar em 37% (dados de terça-feira, 6 de outubro), não podemos relaxar as medidas de cuidados, pois devemos coibir novas transmissões, desacelerar ainda mais esta pandemia. O alerta continua e contamos com a colaboração da comunidade”.


Texto: Com informações de Luara Nunes - Ministério da Saúde (MS), Jornalista.

Imagens: Divulgação.

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