📷Foto: Susana Küster |
Cirurgias de varizes são realizadas em Lages desde o fim do mês de agosto. Os procedimentos encerram uma espera de cinco anos, já que as cirurgias não era realizadas desde 2014. Estão sendo realizadas 10 cirurgias por mês, porque há somente um profissional para fazê-las no município.
A secretária de Saúde, Odila Waldrich, explica que o objetivo é fazer mais procedimentos, mas não é possível, pois somente um médico que trabalha no Hospital Tereza Ramos aceitou o trabalho.
Hoje há cerca de 300 pessoas na fila de espera, número considerado alto pela secretária de saúde, que não vê outro caminho para resolver a situação, a não ser encaminhar os pacientes para outras cidades. “Não tem outra saída, fica bem caro para o município, mas não temos mais médicos dispostos a atender pelo SUS, nessa especialidade, aqui em Lages”.
O custo para mandar um paciente para outra cidade é mais alto, porque é preciso pagar um motorista, aí tem mais os gastos com a viagem. Além disso, depois do internamento, o motorista precisa voltar na cidade ou se o paciente tem condições, volta de ônibus intermunicipal.
“É raro, o paciente conseguir voltar de ônibus, geralmente nosso motorista precisa retornar. Fazer o quê, não podemos deixar essa fila de espera aumentando e não podemos obrigar mais médicos a atenderem pelo SUS. Hoje temos só um parceiro.
A secretária conta que este problema de falta de médicos não é só uma situação que ocorre em Lages. Em uma reunião com secretários de saúde do Estado, ela ficou sabendo que isso acontece em todos municípios catarinenses.
“Faltam profissionais em algumas áreas, aqui, além de urologistas, faltam angiologistas, porque a maioria, trabalha só de forma particular”. Odila conta que foi aberto um processo seletivo para 21 médicos atuarem nas unidades de saúde e outros órgãos do município, porém só dois se interessaram pelo trabalho.
Correio Lageano
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