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Você sabe o que é uma reserva de emergência? É aquele dinheiro que fica guardado para nos socorrer quando imprevistos aparecem.
planejamento financeiro, muitas famílias deixam de poupar e acabam caindo no endividamento.
Para reverter esta situação e acabar de vez com as dívidas, não há outro caminho: é preciso renegociar os débitos, enxugar o orçamento e começar a investir, ainda que pouco, para não passar pela mesma situação no futuro.
"Essa reserva tem que estar disponível em uma aplicação de baixo risco e com liquidez para ser resgatada em, no máximo, um dia útil", diz Rejane Tamoto, planejadora financeira.
O fácil acesso ao dinheiro e o baixo risco do investimento são mais importantes do que a rentabilidade que esse recurso é capaz de gerar, afirma Rejane.
O educador financeiro Ivan Sanches sugere um investimento conservador em renda fixa, "geralmente CDB com resgate diário ou Tesouro Selic".
A reserva deve ser o equivalente a seis meses de despesas da pessoa ou da família, mas pode ser maior dependendo das características de cada um.
Faço a reserva ou pago dívida?
Para a planejadora há "dívidas e dívidas". Para quem possui contas com juros altos é recomendável quitá-la antes de começar a reserva financeira.
"Quem está devendo no cheque especial, por exemplo, tem que concentrar todos os seus esforços em pagar essa dívida. Os juros são elevados da mesma forma que o rotativo do cartão de crédito", diz Tamoto.
São dívidas que viram uma bola de neve. Quem está inadimplente precisa renegociar, encaixar os débitos no orçamento e criar a reserva depois.
Por outro lado, Rejane pondera que aqueles que têm dívidas, mas conseguem pagar em dia, podem se organizar para começar a reserva.
"Isso, aliás, pode ser a saída para evitar novas dívidas causadas por imprevistos. E será muito útil para ter recursos nas mãos para renegociar parcelas e juros com os bancos", afirma Rejane.
Para Sanches, quem está inadimplente não deve pensar em criar uma reserva de emergência.
O ideal, segundo ele, é negociar e quitar as dívidas antes de qualquer investimento.
Reserva financeira evita empréstimos com juros.
Sanches diz que geralmente as pessoas possuem orçamentos apertados e qualquer imprevisto pode gerar complicações.
A reserva é para ser usada nesses momentos, diz Sanches.
"Você pode resgatá-la para cobrir os gastos imprevistos e evitar fazer um empréstimo, pagar juros e assumir uma dívida."
Ter um dinheiro guardado nos protege de dívidas com o cheque especial ou cartão de crédito diante da necessidade de um gasto extra imediato, ressalta Rejane.
Como iniciar uma reserva financeira?
Para quem não tem nenhuma reserva, Tamoto aconselha a poupar parte do que recebe ou aproveitar o recebimento de um recurso extra.
Exemplo: restituição do IR (Imposto de Renda) ou saque do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), por exemplo
"É importante deixar o recurso em uma aplicação separada da conta usada para cumprir as obrigações do mês. Assim, não fica com a tentação de gastar", afirma Rejane.
A periodicidade dos depósitos na reserva é fundamental para aumentar o saldo e a sua segurança financeira.
Outra dica é devolver a quantia utilizada para a reserva assim que possível.
Tamoto acrescenta que é importante estudar as despesas que possui e organizá-las.
"Ao anotar as despesas, procure categorizá-las dentro de cada um dos grupos: moradia, alimentação, comunicação, saúde, educação, transporte, lazer e despesas pessoais", diz a planejadora financeira.
Com as despesas organizadas é possível fazer uma análise e ver quais podem ser renegociadas ou trocadas por outra de menor valor, como planos de internet, telefone e TV.
É também o momento de olhar para o que você não usa e vender, convertendo objetos esquecidos em dinheiro.
O valor que conseguir reduzir na despesa mensal após esse processo pode ir para a reserva de emergência, sugere Rejane.
R7.
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