Para participar da seleção, os interessados escolhiam
três dos projetos de pesquisa de instituições estrangeiras descritos nos anexos
dos editais, de acordo com a ordem de preferência. Para os alunos de cursos técnicos,
havia a possibilidade de atuação em Portugal e na Alemanha. “Escolhemos um
projeto do Instituto Politécnico do Porto (IPP) que pesquisa sobre a
transformação de instrumentos musicais em tecnologia, que tinha mais a ver com
nossa área (informática)”, disse Alan.
Os alunos embarcam em fevereiro de 2015 para três meses
de pesquisa e execução do projeto. Eles receberão auxílio para a viagem
(passagem aérea) e custeios com alimentação e hospedagem em Porto, Portugal.
“Só falta conseguir um lugar para morar. Estamos nos comunicando por e-mail com
o setor que cuida dos alojamentos da instituição sobre a possibilidade de
ficarmos lá”, explica Adriano, que já é formado em Técnico em Biotecnologia,
também no Câmpus Lages.
A seleção foi feita usando como critérios o índice
acadêmico (notas), o desempenho em participação científica e a proficiência em
língua inglesa. “Foi uma surpresa a aprovação dos dois. Estávamos confiantes,
pois as notas estavam com conceito “E” (excelente) e nosso currículo estava bem
preenchido com participação em diversos projetos e eventos científicos.
Contudo, achávamos que apenas um dos dois seria selecionado”, completa Alan.
De São Paulo para Lages em busca de qualificação
Os irmãos são naturais de São Paulo. O primeiro a chegar
foi Adriano, que foi aprovado no processo seletivo para o curso Técnico em
Biotecnologia. Após o término do curso, ele indicou o IFSC ao irmão, devido à
qualidade da estrutura encontrada no câmpus. Hoje, os dois cursam o segundo
módulo do Técnico em Informática no Câmpus Lages. Alan criou uma página no
facebook onde fará um diário da viagem, relatando as experiências vividas em
Portugal.
“Esse intercâmbio foi possível graças ao interesse dos
alunos que já no começo do curso procuraram projetos de pesquisa. Essa
oportunidade tende a estimular a formação de recursos humanos para as
atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação. Os alunos terão
a possibilidade de aprender técnicas e métodos de utilizados por pesquisadores
locais qualificados, além de conhecer outra cultura, saindo da rotina a qual
estão acostumados”, destaca o coordenador de Pesquisa e Inovação do Câmpus
Lages, Juliano Lucas Gonçalves. Ele reforça ainda que o aprendizado adquirido
pelos alunos deverá ser socializado com os servidores e, principalmente,
“servirá de motivação para que outros alunos do câmpus vislumbrem oportunidades
como essa, possibilitando o seu crescimento pessoal e profissional”.
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