A deputada
Carmen Zanotto (SC), vice-líder do PPS na Câmara, defendeu que o deputado
Waldir Maranhão (PP-MA) renuncie ao cargo de presidente interino da Câmara dos
Deputados. Para ela, Maranhão, depois de ter decidido anular a votação do
impeachment e de ter voltado atrás horas depois, perdeu “todas as condições” de
permanecer no cargo.
“Depois deste
fato lamentável que envergonha este Parlamento, de ter comprometido com sua
postura questionável a economia e a imagem do país, não há outro caminho a
tomar, a não ser deixar o cargo, embora isso não apague o gesto de anular a
votação do impeachment”, defendeu Carmen.
Antes da
determinação do STF pelo afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do comando da
Casa, Maranhão ocupava cargo de 1º vice-presidente da Casa.
Segundo
Carmen, a presença de Maranhão na Mesa não inspira mais confiança. Ele está em
situação difícil, inclusive no seu partido, o PP, que ameaça expulsá-lo,
lembrou a deputada.
“É de se
perguntar: como vão ser as votações daqui pra frente. Será que ele vai repetir
o mesmo gesto, anular uma votação por que alguém pediu? Ele se mostrou
vulnerável no cargo de presidente ao atender, de livre arbítrio, sem ouvir os
técnicos desta Casa, ao pleito não republicano. Com isso, ele comprometeu
a economia do país, a nossa imagem lá fora”, argumentou a parlamentar.
Carmen
Zanotto disse que a renúncia seria o melhor caminho, inclusive para que a
Câmara pudesse sair da paralisia em que se encontra. Ela lembra que há matérias
importantes para ser aprovada pelo plenário. “Há a questão do zika vírus, essa
emergência mundial de saúde que nós precisamos combater e outros assuntos
importantes para desenvolvimento do país aguardando a apreciação do plenário.
Vamos viver dias mais difíceis, se continuarmos neste ritmo”, alertou a
deputada.
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