“Todos
me perguntam se vou cantar na próxima edição. Eu respondo que com certeza irei
continuar.” Zétti Gaudéria
A cada
festival nativista espera-se a participação de mais mulheres no palco. A
delicadeza e as vozes femininas dão harmonia às melodias e letras muitas vezes
rústicas, falando da rotina do homem do campo e da cultura tradicionalista.
Ainda não são protagonistas, considerando que a maioria dos intérpretes é
masculina. Mas muitas mulheres são pioneiras e fazem sua própria história.Um
exemplo é a lageana Zétti Gaudéria.
Zétti se
apresentou na Sapecada da Serra Catarinense por quatro anos consecutivos,
incluindo esta edição. Este ano defendeuuma música que fala das raízes e da
cultura lageana, desde a fundação da cidade, os caminhos das tropas e o jeito
de ser do povo serrano. “O objetivo era transmitir ao público nossa mensagem e
dar um retorno aos muitos amigos que acompanham nosso trabalho e torcem pela
gente.Esseé o maior troféu, está acima de qualquer outra premiação”, diz
emocionada.
Para ela,
ainda é pouca a participação de mulheres nos festivais regionais. A presença
feminina, assevera, deveria ser incentivada. “Acredito que as mulheres que
gostam da música tradicionalista e de cantar deveriam procurar entrar nesse
meio. Conheço muitas que cantam bem e não estão inseridas. Os letristas
precisam valorizar mais a voz feminina em suas composições”, defende.
A primeira
vez que Zétti subiu num palco de Sapecada teve a letra escrita especialmente
para ela e seu talento como intérprete. “Agradeço às pessoas que acreditaram no
meu potencial. Se não fosse esse empurrãozinho, talvez nunca tivesse iniciado.
Agora todos me perguntam se vou cantar na próxima edição. Eu respondo que com
certeza irei continuar”, finaliza.
Legenda:
Zétti defendeu, nesta Sapecada, uma música que fala das raízes e da cultura
lageana (Foto: Marcio Avila)
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