É comum as pessoas indagarem
certas coisas, como por exemplo: porque o fulano está exercendo a função por
mais de duas décadas, ou seja, há vinte anos ininterruptamente. E por incrível
que pareça, alguns cargos não têm remunerações. Aí vem aquela velha pergunta: e
como ele faz para sobreviver? Ele come, tem família, tem carro, tem filhos que
estudam em estabelecimentos escolares particulares, tem plano de saúde e ainda
tem conta corrente bancária. Esse cidadão é mágico? Tem mais! Ele faz
expediente somente onde exerce a função sem salário. Anda bem vestido, com
roupas de grifes famosas, etc. Mais e finalmente, não é aposentado. Também não
recebeu herança nenhuma. Quem tem uma explicação convincente, faça-nos, por
favor.
E aquele cidadão que é vereador.
Todos sabem, tem um salário de aproximadamente R$ 10 mil reais. Todo pleito
eleitoral, vai à reeleição. E se o vereador não tivesse um alto salário, o
cargo seria voluntário, é claro, haveria algum candidato disposto a praticar
uma boa ação, trabalhando de graça para a comunidade? Nem pensar! Aqui em Lages
tem vereador que já vai para o quinto, sexto ou sétimo mandato. Perdemos a
conta! O que leva um cidadão ou cidadã a perpetuar-se num poder? É o bom
salário ou ter o poder nas mãos? Os dois não são? Alguém disse que, “mais vale um
poder nas mãos que ações das melhores multinacionais”. Pelo visto, há
fundamento. Aqui em Lages, há quatro ou cinco sindicatos, onde seus presidentes
ocupam o cargo por mais de vinte anos. Porque razão? O velho ditado diz assim: “do
couro sai a correia”. Para o bom entendedor, basta uma só palavra. E a vida segue
quem sabe amanhã as regras do jogo mudam um pouco. Enquanto isso, os pavões
misteriosos continuam nos seus respectivos cargos.
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