quarta-feira, 15 de junho de 2016

O frio não deverá dar trégua na serra catarinense

Próximos meses devem registrar bastante chuva e frio típico de inverno em SC
15/06/2016
O Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Epagri/Ciram) emitiu boletim meteorológico com a previsão climática para o trimestre (junho, julho e agosto). Segundo o órgão, a expectativa é de chuvas próximas a acima da média para Santa Catarina. Os maiores elevados de chuva devem ocorrer em julho e, principalmente, em agosto. Em relação à temperatura, a previsão é de inverno com frio típico. Nos meses de inverno, podem ocorrer veranicos, porém o mais comum são as atuações de massas de ar frio de origem polar. Estas massas devem ser frequentes e mais intensas.
 Cidades catarinenses, como Mafra, registraram frio intenso na última semana. Foto: Nery Nader Jr/ADR Mafra 
“As temperaturas devem ficar dentro da média para o Sul do Brasil. O que aconteceu nos últimos dias, o frio, é o que normalmente ocorre no final de outono. Os dois últimos invernos é que foram acima do normal, mais quentes e com pouco frio. Então, a condição de agora é considerada normal, com temperaturas baixas, nevoeiros associados à nebulosidade baixa, geada ampla e chance de neve nas áreas mais altas do Estado. Isso deve ser frequente nos próximos meses”, informou o meteorologista Marcelo Martins.
Este mês de junho, que está sendo marcado por temperaturas negativas e baixas, deve ser o menos chuvoso dos meses de inverno, no entanto poucos episódios de chuva podem alcançar o total esperado. A chuva deve continuar ocorrendo de forma irregular, com maiores períodos de dias mais ensolarados.
Conforme o meteorologista Marcelo Martins, em todas as épocas do ano podem ocorrer chuvas intensas, em curto espaço de tempo, por isso a importância de acompanhar diariamente a previsão do tempo.
Quantidade de chuva
No mês de junho, os valores esperados de chuva variam de 110mm a 170mm em média do Oeste ao Planalto e 70mm a 130mm nas demais regiões. Os meses de junho e julho são bem parecidos em relação à média climatológica de 80mm a 140mm do Planalto ao Litoral e de 130mm a 170mm no Oeste e Meio-Oeste, sendo o mês de junho um pouco menos chuvoso em relação à julho.
As chuvas são preferencialmente causadas pela influência de frentes frias, sistemas de baixa pressão e vórtices ciclônicos.Também é a época de atuação frequente dos ciclones extratropicais próximos ao Litoral, que oferecem perigo às embarcações, com ventos fortes e mar agitado, que muitas vezes resultam em ressaca.
Temperatura da Superfície do Mar
O monitoramento das condições oceânicas indica a persistência de anomalias positivas de TSM (Temperatura da Superfície do Mar) no Oceano Pacífico Equatorial cada vez menores, com tendência a configuração de neutralidade por dois meses seguidos (meses de inverno) e configuração de La Niña no final da estação mais fria do ano e, início da primavera.
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Figura 1 - Anomalia da TSM nos oceanos Atlântico e Pacifico, em abril de 2016.
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Figura 2 -  Anomalia da TSM no oceano Atlântico e Pacifico entre 22 e 29/05/2016.
Informações adicionais para a imprensa:
Elisabety Borghelotti
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