Dr. Fernando
Martins fala sobre câncer de mama para mulheres na ACIL
Cerca de 60 mulheres
participaram na última quinta-feira (09/10) da palestra sobre câncer de mama
do médico da clínica Le Santé, Dr. Fernando Vequi Martins. A iniciativa faz
parte da programação do Outubro Rosa que está sendo organizada por Centro de
Estudo e Assistência à Saúde da Mulher (Ceasm) da Secretaria Municipal de
Saúde, juntamente com o Projeto Alô Elô, o Núcleo da Mulher Empreendedora da
Associação Empresarial de Lages (Acil), as Mulheres Advogadas da OAB e
Sindicato Municipal dos Profissionais em Educação de Lages (Simproel).
O médico frisou que a faixa
etária onde mais ocorre a doença é em mulheres de 50 a 60 anos. Entre 40 e 49
anos o câncer de mama ainda é a maior causa de óbito. “Dentre todas as causas
de óbito nas mulheres, incluindo acidentes de carro e outras, o câncer de
mama corresponde a 15%”, afirmou Martins. Segundo ele esse percentual pode
ser menor, mas para isso é preciso reforçar cada vez mais a prevenção, pois o
câncer de mama tem cura quando diagnosticado no início.
A perspectiva é que surjam 57
mil casos novos no Brasil, desses, em torno de 1800 serão em SC. “Santa
Catarina está entre os cinco estados com mais incidência de câncer de mama.”
Uma das causas desses altos índices é a etnia europeia, muito presente aqui
no Estado. Estudos mostram que mulheres de origem europeia são mais
suscetíveis a este tipo de câncer. Além disso, ele destacou que fatores
genéticos correspondem a somente 5% das causas e os 95% aparecem ao acaso.
Na parte de prevenção as dicas
são: nas mulheres que não possuem nenhum fator de risco começar a mamografia
aos 40 anos e repetir anualmente até o fim da vida. Quando há fator de risco,
deve começar a fazer mamografia 10 anos antes do início do aparecimento do
câncer na família, mas nunca antes dos 25 anos. Isso significa que se a mãe
ou a irmã teve câncer de mama aos 40 anos, por exemplo, a idade para iniciar
a mamografia é aos 30 anos. “Somente fazendo mamografia conseguimos pegar
alterações não palpáveis”, alerta Dr. Fernando.
O médico enfatizou, ainda, que,
atualmente, 70% das mulheres que fazem tratamento cirúrgico fazem
mastectomia, retirada de toda a mama. Outras técnicas de reconstrução
utilizam músculos ou das costas ou da barriga da paciente. “O câncer de mama
é muito bom de tratar, mas no Brasil a realidade é diferente pelo diagnostico
tardio. Mesmo assim, se juntarmos todas as mulheres com câncer em cinco anos
a taxa de cura é de 61%.”
Dr. Fernando finalizou com uma
sugestão para empresários e empresárias da ACIL, a de estimular a prevenção
por meio da mamografia nas funcionárias. Ele citou que conhece empresas onde
essa prática é corriqueira e isso faz a diferença.
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sexta-feira, 10 de outubro de 2014
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