O Deputado estadual Fernando Coruja critica o governo, que em tempos de crise rateia rombos nas contas públicas, ampliando tributos e tarifas de serviços, enquanto os grandes bancos divulgam lucros recordes. Como exemplo citou o Bradesco que em 2014 registrou o maior lucro líquido da história da empresa – R$15,08 bilhões, seguido por outros bancos como Itaú e BB. Da tribuna, mandou o recado: “se o sistema financeiro é controlado pelo governo, então alguma coisa está muito errada”.
Coruja
disse que esse modelo econômico que aí está precisa ser contestado. “Em 13 anos
de governo do PT houve investimentos na área social, com a implantação de
programas importantes. Já, no setor macro econômico esse governo não avançou -
temos um modelo econômico concentrador, com altos impostos embutidos em itens
essenciais, de primeira necessidade, que afetam diretamente a população mais
pobre. É preciso inverter a lógica”.
Analisando
o cenário atual, Coruja disse que não é necessário ser economista para prever
que estamos já dentro de uma crise econômica e que os problemas que iremos
enfrentar nos próximos meses serão muito piores do que os vivenciados em 2008.
“Se o Lula classificou a crise de seis anos atrás como uma marolinha para o
Brasil, desta vez não existirá espaço para qualquer metáfora parecida”, lembrou
Coruja.
O
deputado lembrou que esta esperada crise encontra suas raízes no colapso do
sistema financeiro de 2008, cujo ápice é marcado pela quebra do centenário
banco norte-americano Lehman Brothers e pelo consequente caos em Wall Street.
Para tentar neutralizar impactos do tsunami externo por aqui, o Brasil
abandonou os pilares tradicionais de política econômica e seguiu uma série de
medidas heterodoxas, com implicações trágicas. “O governo vem aplicando a
terapêutica anticíclica – ao invés de controlar despesas, aumentou-as”.
Tirando
o governo atual, qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento de economia e
finanças, vê tranquilamente os sinais da crise por todos os lados. “Não precisa
nem ler revistas e relatórios de consultorias especializadas, basta fazer suas
compras mensais em qualquer supermercado.”
Coruja
observa que após as eleições, estamos vendo preços básicos da economia, como
luz e combustíveis sofrendo reajuste para compensar os que não foram dados para
conter de forma artificial os índices inflacionários atuais. “O governo vai
anunciar seu pacote de medidas para combater a crise e já sabemos que o
trabalhador, mais uma vez, pagará a conta pelos encaminhamentos equivocados”.
Para
o deputado Coruja, o resultado disso será um gigantesco salto na inflação com
todas as consequências nefastas que isso pode trazer, como perda real do poder
aquisitivo dos salários e sérios problemas para a cadeia produtiva nacional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário