Muitos projetos estão em andamento, como a
Contação de Histórias, aulas de xadrez, curso de informática, Mostra de Curtas
e exposições, e outros estão em planejamento
Fomentar
ações e projetos, e ainda disponibilizar um acervo que atraia os olhares da
comunidade estão entre os desafios da nova equipe que está à frente da gestão
da Biblioteca Pública Municipal Carlos Dorval Macedo, criada em Lages em 1952.
Novos planos de ação estão sendo desenvolvidos, e a busca pelo aperfeiçoamento
e consultorias externas é o início de uma nova fase para este equipamento
cultural.
A
coordenadora do Sistema de Bibliotecas Públicas de Santa Catarina, vinculada à
Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Gizelle Freitas, participou do Encontro
Estadual de Patrimônio Cultural, que está acontecendo nesta terça e
quarta-feira (29 e 30) na Fundação Cultural de Lages (FCL). Ela ministrou uma
oficina sobre Gestão de Acervos, com base na temporalidade, formação, desenvolvimento
e também o descarte da coleção, caso haja necessidade. Além de Lages, também
participaram bibliotecários de outros municípios.
Gizelle
aproveitou sua passagem por Lages para conhecer a Biblioteca Pública do
município e fazer suas considerações e intervenções, no sentido de melhorar
ainda mais o atendimento ao público e organização do acervo. “Tentamos ajudar
de alguma forma, primeiro conhecendo a situação, escutando a comunidade e
analisando este equipamento cultural, que é tão importante para o município,
para assim descobrir de que forma podemos contribuir para as melhorias”, diz
Gizelle.
Em um
panorama estadual, o Sistema de Bibliotecas conseguiu registrar mais de 80% das
bibliotecas públicas catarinenses através de um cadastramento, em que Lages está
incluída. Com base nisso, existe um movimento de assessoria e suporte a estes
espaços. “É uma realidade o sucateamento de alguns equipamentos culturais e
esvaziamentos das equipes, por diversos fatores. Lages possui uma ótima
estrutura, bem localizada, mas também apresenta problemas, como em qualquer
outro município. Portanto, estamos na busca pelas soluções, com uma equipe
consciente, o que já é um passo à frente para o sucesso”, comenta.
Incentivo à leitura e parceria com a população
Gizelle
aponta que a função das Bibliotecas Públicas se apoia muito mais no caráter
social do que na gestão do acervo e sua manutenção interna. Há necessidade do
empoderamento da comunidade e incentivo à leitura, para que o local tenha
logrado êxito em sua existência. “A biblioteca de Lages, com seus mais de 60
anos, formou gerações ao seu entorno, que além de contar histórias, também às
possui, participando das histórias das famílias que por ela passaram. E essa
mesma comunidade precisa enxergar este espaço com a mesma necessidade de estar
bem equipado, assim como as unidades de saúde, por exemplo.”
Uma boa
gestão, com projetos ativos e estimulantes, aliados à parceria da comunidade, é
essencial para que a Biblioteca se sustente ativa. “O amor pela leitura é uma
conquista diária, não pode ser uma mera obrigação acadêmica. Trabalhar com a
transformação social passa pela acessibilidade cultural seja através dos
livros, recursos eletrônicos ou outras iniciativas.”
Atividades em andamento e novos projetos
A nova
bibliotecária, Wemylinn Andrade, que assumiu a responsabilidade de gerir o
equipamento em abril, chamada através do mais recente concurso público
municipal, já se inteirou sobre todos os projetos e ações desenvolvidas no
local.
Muitos estão
em andamento, como a Contação de Histórias, aulas de xadrez e curso de
informática, que acontecem semanalmente, além de Mostras de Curtas, realizadas
uma vez por mês. Outros estão em planejamento, como a instalação do sistema wifi,
com intuito de levar ainda mais jovens antenados ao mundo da tecnologia para
dentro do espaço da biblioteca, além da reestruturação e atualização do acervo,
organização de exposições de arte e melhoria da acústica, para que o barulho
produzido com as ações não atrapalhem os momentos de concentração durante as leituras.
“Temos muitas propostas interessantes, e uma delas é trazer voluntários para
dentro da Biblioteca, já que existem muitas pessoas que se dispõem a trabalhar
no incentivo à leitura. Queremos encher este espaço de pessoas, já que temos à
disposição um parque lindo ao lado, um ambiente agradável e propício a boa
leitura”, diz Wemylinn.
A gerente da
Biblioteca, Teca Gonçalvez Branco, diz que nos últimos quatro meses o fluxo de
pessoas da comunidade e de empréstimos de livros aumentou consideravelmente. “Procuramos
sempre divulgar os projetos e tentar trazer as pessoas para que usufruam deste
ambiente, como um espaço de lazer, cultura e integração entre os usuários”, diz
Teca.
A Biblioteca
está com as portas abertas de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, sem fechar
ao meio-dia. Possui um acervo com 38 a 40 mil volumes, desde livros, obras em
braille, periódicos, discos, CDs e revistas. O local também conta com um
laboratório de informática, com a disponibilização de Internet,
sob a supervisão do técnico de informática Rodrigo de Matos. A equipe conta
ainda com a professora e auxiliar dos projetos, Rosângela Aparecida Raitz e a
contadora de histórias, Ivone Balzan.
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