“Estamos dando vida aos hospitais filantrópicos”. Com essa
declaração a deputada Carmen Zanotto (SC), vice-líder do PPS na Câmara,
comandou, na noite de ontem, o voto da bancada pela aprovação do Projeto
de Lei (PL 7606/17) que cria o Programa de Financiamento Preferencial às Instituições
Filantrópicas e Sem Fins Lucrativos (Pro-Santas Casas). O objetivo do texto é
atender instituições filantrópicas e sem fins lucrativos que participam de
forma complementar do Sistema Único de Saúde (SUS).
“A partir desta aprovação, estamos dando vida ao conjunto
dos hospitais filantrópicos prestadores de serviços do SUS. Eles são
responsáveis por 80 % do atendimento da rede pública, fazem a cobertura da alta
complexidade. E a rede filantrópica do SUS vinha e vem atravessando uma grave
crise econômica provocada, em grande parte, pela falta de reajuste da tabela do
Sistema”, afirmou a parlamentar. A matéria vai à sanção presidencial.
Pelo projeto, bancos oficiais irão abrir linhas de crédito
direcionadas a hospitais e Santas Casas que atendem a pacientes do SUS. Os
empréstimos terão encargos financeiros máximos de 1,2% ao ano. O limite de
crédito para cada hospital será equivalente a 12 meses de faturamento dos
serviços prestados ao SUS ou ao valor da dívida das instituições com operações
financeiras – a opção que for menor.
Os recursos do Pro-Santas Casas serão de R$ 2 bilhões por
ano e constarão do Orçamento da União.
Presidente da Frente Parlamentar de Prevenção, Diagnóstico
e Tratamento do Câncer e defensora do SUS, Carmen Zanotto, durante todo dia de
ontem, comandou as negociações com o governo para que o projeto fosse votado
pelo plenário da Casa.
“Esta matéria é fundamental para levar um alívio
financeiro a essas instituições. É necessário que esta Casa garanta atendimento
à população, usuária dos serviços do SUS. A proposta de financiamento era
impossível de ser aceita pelos hospitais em função da baixa remuneração que
estas instituições têm quando prestam serviços ao SUS”, acrescentou a deputada
catarinense.
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