CPI do Natal
Infelicidade aponta oito pessoas como responsáveis em desvios de decoração
natalina
Uma sessão
extraordinária realizada na Câmara de Vereadores de Lages, na tarde desta
quarta-feira (14), apresentou as 35 páginas do relatório final* dos trabalhos
da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investigou supostos desvios na
decoração natalina do Natal Felicidade 2016, promovido pela Prefeitura
Municipal.
Diante da existência
de provas materiais, testemunhais e documentais, a CPI atestou como claro o
sumiço de materiais utilizados no Natal Felicidade para serem destinados a
pessoas fora da administração municipal. No total, oito pessoas foram apontadas
como responsáveis diretas ou indiretas pelos desvios.
Encaminhamentos da
CPI
Cópias dos autos da
CPI serão encaminhadas ao Ministério Público Estadual, via 5ª Promotoria
Pública de Lages, e ao Núcleo da Moralidade Administrativa junto à Procuradoria
Geral em Florianópolis, para que sejam instaurados processos administrativos e
criminais contra os seguintes servidores municipais:
Agessander José de
Souza e Paulo Souza Ribeiro pelos crimes, em tese, de peculato, falso
testemunho, falsidade ideológica e associação criminosa; Jhonatan Ozório
Silveira pelos crimes, em tese, de peculato, falso testemunho e associação
criminosa; Itamar Westphal Aguiar e Paulo Sérgio Ludwichak pelo crime, em tese,
de peculato; Alberto Santos Sanson pelo crime, em tese, de receptação
qualificada; e Flávio Agustini e Mário Hoeller de Souza pelo crime, em tese, de
peculato culposo.
Também serão
remetidas cópias dos autos da CPI ao Tribunal de Contas de Santa Catarina, com
a solicitação de instauração de Auditoria Especial em Lages; à Câmara de
Vereadores de Paulo Frontin-PR, frente ao possível envolvimento de autoridades
daquela cidade; à Procuradoria Geral do Município de Lages, a fim de proceder
às medidas administrativas de direito; e ao Prefeito Municipal, através do
Presidente da Câmara, em observância ao princípio do respeito e da separação
dos poderes.
Entenda o caso
Notícias veiculadas
pela imprensa local em outubro de 2017 afirmavam que uma investigação deflagrada
pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco),
juntamente com o Ministério Público do Estado, havia descoberto a existência de
um esquema criminoso para desvios ou apropriação de bens públicos utilizados na
decoração natalina em Lages.
A partir disso, a Câmara de Vereadores aprovou
um requerimento que dava abertura a uma Comissão Parlamentar de Inquérito para
apurar as denúncias. A CPI foi composta em 13 de novembro de 2017 pelos
vereadores Jair Junior (presidente), Lucas Neves, Bruno Hartmann, João Chagas e
Ivanildo Pereira, além de três funcionários efetivos que auxiliaram o grupo. Ao
longo dos 120 dias de processo, 18 pessoas foram ouvidas em oitivas promovidas
pela CPI e os autos do processo somam mais de 900 páginas.
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