sexta-feira, 18 de junho de 2021

Polícia prende suspeito pela morte de adolescente de SC encontrada amarrada em árvore


 'Ele tinha paixão mórbida pela Ana Kemilli', disse delegado. Homem foi encaminhado Presídio de Lages e adolescente que confessou crime na época segue apreendido.

A Polícia Civil prendeu preventivamente nesta quinta-feira (17) um jovem de 21 anos suspeito de envolvimento na morte de Ana Kemilli, adolescente de 14 anos encontrada morta em fevereiro com os braços amarrados em uma árvore na cidade de Campo Belo do Sul, na Serra catarinense. Segundo o delegado regional de Lages, Fabiano Schmitt, o preso seria o "principal autor do feminicídio".


O vizinho da vítima, de 15 anos, que confessou participação no crime e está apreendido desde fevereiro, também teve envolvimento confirmado na investigação e está em unidade socioeducativa.


Com a prisão do jovem nesta quinta, por feminicídio e ocultação de cadáver, o inquérito foi encerrado.


"Esse rapaz foi o autor principal do feminicídio. Ele tinha uma paixão mórbida pela Ana Kemilli. Tiveram até um relacionamento, muito fugaz. Ela rompeu o relacionamento com ele, mas ele permaneceu encaminhando mensagens e tentando reatar. Ele inclusive ameaçou parentes dela", explicou o delegado.

Desaparecimento

Segundo o Corpo de Bombeiros, a adolescente sumiu por volta das 16h do dia 8 de fevereiro, depois de sair com duas amigas. Ela teria deixado as conhecidas em casa e, no percurso de volta, desapareceu (relembre

Após a família entrar em contato com a polícia, o 5º Batalhão de Bombeiros Militar, de Lages, na mesma região, iniciou as buscas com auxílio de cães farejadores.


A guarnição encontrou uma sandália usada pela garota no dia 10 de fevereiro. Logo depois, moradores da região acionaram a Polícia Civil após localizarem o corpo da menina em uma área de mata no interior do município. O laudo apontou que ela foi morta por estrangulamento.


Em depoimento, o suspeito preso "preferiu se manifestar somente em juízo", segundo o delegado "Não apresentou nenhuma versão. Temos elementos bem seguros sobre a responsabilidade dele na autoria do crime", declarou Fabiano.


Ele foi encaminhado para o Presídio Masculino de Lages, que fica na mesma região. Até as 18h30, o Ministério Público de Santa Catarina não tinha recebido o inquérito.

Manifestos e pedido de Justiça


A madrinha da adolescente Clarice Siqueira realizou um manifesto virtual para homenagear Ana em março. No dia do sepultamento dela também houve protestos na cidade.


Amigos e familiares compartilharam nas redes sociais, imagens da adolescente e pediram Justiça, pois a polícia suspeitava de mais pessoas envolvidas no crime, além do adolescente apreendido, mas não tinha prendido ninguém.


A mãe da adolescente, Keli Taques, conta que o garoto apreendido não era amigo da filha, segundo ela, eram apenas conhecidos. Os dois eram vizinhos e as casas das famílias têm um quilômetro de distância.


Ana Kemilli era a filha mais velha de Keli. A garota iria para o oitavo ano do ensino fundamental. Um dia após o desaparecimento, a mãe contou que tinha esperança de encontrar a filha com vida.


"Até hoje não consigo me conformar e acreditar que isso aconteceu. Eu queria acreditar que ela estivesse viva", disse a mãe na época do crime.



G1SC

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