Jânio da Silva Quadros, natural de Campo Grande-MS, onde
nasceu em 25/01/1917, uma figura ímpar e obscura da política nacional e que em
25 de Agosto tomou uma atitude inesperada: renunciou a presidência da
República. Naquela época a jovem capital do Brasil – Brasília, cognominada “Capital
da Esperança”, ficou atônita. O ex-presidente da República teve uma carreira
política meteórica no Estado de São Paulo, onde foi vereador, prefeito,
deputado estadual e federal, Governador e Presidente da República por um espaço
de pouco tempo, pois em 25 de agosto de renunciou ao cargo. Tomou posse em 31
de janeiro de 1961, quando ao Recber a faixa presidencial disse:“Recebo neste
instante de vossas mãos a faixa simbólica do Governa da nossa Pátria”. Na sua
campanha eleitoral tinha como símbolo uma vassoura, com a qual dizia que iria
varrer a corrupção no Brasil.
Administração polêmica
O seu breve período na presidência da República foi marcado
por decisões polêmicas, como a reaproximação do Brasil com a União Soviética.
Condecorou Ernesto Che Guevara, proibiu rinhas de galo, o uso de biquíni em
desfile de modas e o lança perfume. Abriu centenas de inquéritos contra integrantes
da administração pública. Com baixa popularidade fez chegar uma carta no
Congresso que dizia: “Vamos ler um documento, perplexa está a Nação, fui
vencido pela reação e, assim, deixo o governo. Forças terríveis lançam-se
contra mim e me intrigam ou inflamam,
até com desculpa de colaboração”. Com a renúncia, o Brasil mergulhou em uma
grave crise institucional. Em Abril de 1964 os militares chegaram ao poder e
derrubaram o presidente João Goulart. A renúncia de Jânio Quadros sempre foi
cercada de controversas e é até hoje em muitos aspectos incompreendida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário