Promovida
pela Secretaria de Agricultura e Pesca, deve encerrar por volta das 19h e
aguarda consumidores de uma das carnes mais saudáveis e frequentes à mesa das
famílias brasileiras: o peixe de água doce
A Feira do
Peixe Vivo chegou ao bairro Santa Catarina bem cedo na manhã desta quarta-feira
(9) e chamou a atenção de quem passava pela avenida Doutor Aujor Luz, em frente
ao Centro de Atenção Integral à Criança (Caic) Nossa Senhora dos Prazeres.
Promovida pela Secretaria de Agricultura e Pesca, deve encerrar por volta das
19h e aguarda consumidores de uma das carnes mais saudáveis e frequentes à mesa
das famílias brasileiras: o peixe de água doce, criado em tanques de forma assistida
e sistematizada.
O diretor
de Pesca da secretaria, Jean Pierre Ezequiel, diz que, devido a mais recente
Semana Santa, após levantamento de dados, a população reivindicou a promoção de
feiras nos bairros. “Este ano estamos nos antecipando à Semana Santa e levando
as feiras para mais perto da comunidade, atendendo ao pedido dos consumidores”,
explica.
Esta
semana já foi realizada no Coral. “Nestas feiras os produtores têm a
oportunidade de expor seu produto, comercializá-los, gerando renda; e os consumidores
podem adquirir alimentos frescos a preços acessíveis, de boa procedência e com
excelente carga nutritiva, como ômega 3”, lembra Jean Pierre.
A
secretaria possui uma diretoria específica para atender os produtores de peixe,
com assistência técnica gratuita in loco, elaboração de projeto, orientações de
técnico e veterinário, indicação dos melhores caminhos. Em Lages se destacam as
localidades de Macacos e Santa Terezinha do Salto, esta com três fortes
produtores. Para promover a Feira do Peixe Vivo, a secretaria conta com o
acompanhamento de veterinário, da Companhia Integrada de Desenvolvimento
Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e da Vigilância Sanitária, garantindo a
qualidade do produto.
De
Cerro Negro para os bairros de Lages
O casal
José Varela e Maria José Varela se deslocou de casa, no Reassentamento Nova
Santa Ana, a seis quilômetros do Centro de Cerro Negro, com a caminhonete
carregada com aproximadamente 150 quilos de peixe, destes, 100 de jundiá,
vendidos a R$ 7,00 o quilo, e 50 de carpa, vendidas a R$ 6,00. Na propriedade,
a família Varela cultiva as espécies em dois tanques e recentemente começaram a
investir na criação de cascudo. Em torno de cinco mil jundiás, o que resulta em
mil quilos, e mais 500 carpas, totalizando 500 quilos, formam o negócio do
casal que se deslocou de Cerro Negro para lucrar em Lages.
Luísa
Helena Padilha, 56 anos, mora no Santa Catarina e não abre mão de peixe durante
a Quaresma. “Sou católica e não comemos carne às segundas, quartas e sextas”,
comenta, mostrando a sacola com dois quilos de carpa, tendo investido R$ 12,00
no produto.
O
projeto
A
iniciativa da Feira do Peixe Vivo ganha maior sustentação com o apoio do
Projeto Piscicultura Jundiá, desenvolvida pela Usina Hidrelétrica Barra Grande
(Baesa). Um profissional da Baesa acompanhou as vendas do casal Varela. Na
Serra, o Projeto Piscicultura Jundiá beneficia 26 famílias com a
disponibilização de suporte técnico em Lages, Capão Alto, Campo Belo do Sul,
Anita Garibaldi e Cerro Negro. No início dos negócios a Baesa oferece suporte
financeiro, com contrapartida dos produtores. A ideia é acompanhar o
desenvolvimento do segmento nestas cidades por 12 meses, com o intuito de
desenvolver a região serrana.
Próxima
feira acontecerá no Guarujá
Nesta
sexta-feira (11), a Feira do Peixe Vivo será promovida no bairro Guarujá, entre
8h e 18h, em espaço anexo ao posto Guarujá, próximo à linha férrea. Coral,
Santa Catarina e Guarujá são três pontos estratégicos de onde partiram o maior
número de requisições para a feira itinerante.
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