quinta-feira, 10 de março de 2016

Peninha comemora aprovação da pílula do câncer

Foi aprovado no Plenário da Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 4639/16, que autoriza a produção e o uso da fosfoetanolamina sintética aos pacientes com câncer. Após audiências públicas em Brasília com a participação de cientistas, médicos e pessoas que já foram curadas pelo medicamento, um grupo de 26 deputados se uniu em coautoria e apresentou uma proposta consensual no início do ano, que foi aprovada em tempo recorde na Casa. “Conseguimos definir a substância como de ‘relevância pública’ para que sua produção, distribuição, prescrição, e o uso possam ocorrer mesmo sem registro sanitário, que infelizmente demora muito tempo pra ser feito”, explica o catarinense Rogério Peninha Mendonça (PMDB). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisa o pedido de registro definitivo do remédio.
O texto permite que os pacientes façam uso da substância por livre escolha se diagnosticados com câncer e se assinarem termo de consentimento e responsabilidade. A opção pelo uso voluntário da fosfoetanolamina sintética não exclui o direito de acesso aos tratamentos convencionais fornecidos pelo SUS. Os testes e estudos clínicos sobre essa substância ainda estão em curso, e a Anvisa não pode conceder o registro sem a conclusão dessas pesquisas.
A fosfoetanolamina é pesquisada pelo Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo, há cerca de duas décadas. A substância imita um composto já existente no organismo, que identifica as células cancerosas para que o sistema imunológico as reconheça e as remova. Os resultados podem variar de acordo com o organismo de cada paciente, mas os relatos de melhora e até mesmo cura são muito frequentes. A substância vinha sendo distribuída de forma gratuita no campus da universidade, em São Carlos, mas em 2014 ela parou de ser entregue por causa de uma portaria determinando que elementos como a fosfo, ainda em fase experimental, tivessem que passar por todos os trâmites legais antes de serem disponibilizados para a venda.
“Sem essa licença da Anvisa, a fosfo passou a ser produzida e entregue apenas por determinação da Justiça, através de liminares. E até mesmo estas liminares chegaram a ser suspensas em todo o país pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Foi um grande atentado à vida, uma injustiça irreparável! O que nós fizemos aqui em Brasília essa semana foi brecar este dano, dando oportunidade para que os pacientes tenham acesso ao último fio de esperança que lhes resta”, analisa Peninha. Atualmente, cada cápsula tem um custo de produção que não chega a R$ 0,10. Aprovada na Câmara, a matéria seguirá para análise do Senado e posterior sanção presidencial.


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