quinta-feira, 24 de março de 2016

Secretária apresenta comparativo de investimentos na Saúde

Rose Possato destaca a série histórica de recursos municipais para o segmento embora haja recessão econômica e os repasses federais sejam insuficientes para corresponder à demanda
Em audiência pública promovida na noite desta quarta-feira (23) pela Câmara de Vereadores, a secretária de Saúde, Rose Possato, apresentou detalhadamente os avanços no setor nos últimos anos, destacando as medidas de gestão adotadas ao longo do tempo, além das problemáticas e desafios a serem superados. Rose ouviu indagações e apontamentos de pessoas de diferentes comunidades e dos próprios legisladores. O secretário da Fazenda, Mateus Lunardi, e a diretora administrativa e financeira da Secretaria de Saúde, Sônia de Souza, participaram.
Mateus frisou que as dificuldades financeiras impedem a expansão de algumas ações. “O problema são as fontes de financiamento da saúde. O país está em crise gerando reflexos em Lages”, argumenta. Todavia, assegurou que os recursos para as obras das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos bairros Gethal e Centenário estão garantidos.
Quanto à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), reforça que com o cenário de recessão econômica, a empresa executora das obras se viu acuada pela inflação e elevação de preços, percebendo cair sua margem, fazendo surgir impasses, até ocorrer a desistência dos trabalhos. “Aí o poder público chama a segunda colocada, que não se interessa, então abre nova licitação. É algo moroso”, esclarece.
Investimento acima da média
A secretária Rose Possato destacou a série histórica de investimentos municipais para o segmento embora haja atualmente recessão econômica e os repasses federais do Ministério da Saúde sejam insuficientes para corresponder à demanda. O Ministério preconiza que 15% da dotação orçamentária mensal municipal seja aplicado em saúde, porém, em Lages, o índice está em 21%.
Em 2010 os investimentos estavam em 16,51%, alcançando 21% em 2014 e 2015. Também em 2015 foram investidos R$ 345 mil em exames laboratoriais por mês, sendo que em 2009 eram R$ 216 mil. A administração gastou, em 2015, R$ 2,103 milhões em recursos próprios para os exames. A secretária recorda que em cinco anos (2010 a 2015) o repasse do Ministério da Saúde ainda é o mesmo: R$ 170 mil mensais.
Repasses em dia
Das cotas, Rose Possato salienta que são liberados R$ 250 mil mensais. “É preciso haver planejamento e pensar primeiramente no paciente e depois no prestador dos serviços, que tem de receber em dia para cumprir com suas obrigações. Há um ano os pagamentos são feitos rigorosamente em dia”, assegura. Sobre os pagamentos aos laboratórios, houve manifesto de um representante de um dos prestadores de serviços que afirmou estar o município em dia com os recursos repassados mediante exames realizados.
Quanto ao pronto-atendimento Tito Bianchini, esclarece que em 2010 foram gastos R$ 2,900 milhões em exames laboratoriais, sendo que em 2015 o número subiu para R$ 4,143 milhões. Questionada sobre as sessões de fisioterapia, destaca que o Ministério da Saúde repassa o valor de R$ 23 mil para Lages e todos os demais municípios da Serra, contudo, a prefeitura investe R$ 80 mil através de cota pré-estabelecida.
Ela diz que embora haja cota, mais de R$ 90 mil foram aplicados em fisioterapias em fevereiro deste ano contemplando pacientes que sofreram Acidente Vascular Cerebral (AVC), acidentados ou no pós-operatório. Um dos entraves, segundo Rose, diz respeito aos pacientes que obtêm suas autorizações em requisições, mas não comparecem às clínicas para se submeter à sessão. Em 2010 o município investiu R$ 64 mil mensais em fisioterapia, e em 2015 foram R$ 115 mil.
Custos com exames
Os investimentos em médicos foram de R$ 4,256 milhões em 2010 contra R$ 7,118 milhões em 2015. Os exames complementares, como de ultrassom, colonoscopia, endoscopia e ecocardiograma tiveram investimentos de R$ 624 mil em 2010 e de R$ 1,832 milhão em 2015. Os internamentos de longa permanência sem prazo de alta, por determinação da Justiça, também estavam na pauta da secretária que enfatizou os R$ 335 mil no ano passado. A parceria com o Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS/Amures) foi mencionado, sendo que em 2010 foram R$ 106 mil ao mês e em 2015, R$ 227 mil.
Reorganização e cadastramentos
Existem 1.823 pacientes cadastrados para o recebimento de fitas reagentes a HGT. Em 2010 eram investidos R$ 129 mil com salto para R$ 171 mil no ano passado. A previsão para 2016 é de R$ 211 mil com média mensal de R$ 17 mil. Das fraldas geriátricas, em 2011 foram investidos R$ 29 mil e em 2015, R$ 134 mil.
Uma significativa mudança foi observada quanto ao fornecimento de leites especiais. Rose destacou na audiência pública que em 2010 foram aplicados R$ 151 mil e em 2015, R$ 110 mil. A redução se deu em face da revisão e atualização do protocolo, cadastramento dos pacientes junto ao Cadastro Único (CadÚnico), aproximação com o Ministério Público e aproximação dos profissionais aos pacientes
Farmácia Solidária
Rose Possato relembra que em oito meses foram realizadas 150 cirurgias de catarata e que houve atrasos nos repasses por parte do Estado, fato que vem se normalizando. Para finalizar, informou que no próximo mês será inaugurada a primeira Farmácia Solidária em Lages, na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Coral, uma iniciativa que busca, de forma unida e comunitária, arrecadar doações de medicamentos e de equipamentos, como camas hospitalares e andadores.
Emenda parlamentar
Durante a audiência pública, o vereador Agessander Belezinha entregou à secretária Rose Possato documento relacionado à emenda da deputada federal Ângela Albino, no valor de R$ 100 mil para a saúde.
Legenda: A audiência pública foi realizada na Câmara de Vereadores na noite desta quarta-feira (Foto: Marcio Avila)

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