Oito suspeitos foram presos durante a Operação Solis, da Polícia Federal (PF) de Cascavel, no oeste do Paraná, que investiga uma quadrilha envolvida com lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e de casas de prostituição. Os mandados de prisão foram cumpridos na manhã desta terça-feira (18), e um suspeito está foragido.
Segundo a polícia, uma das suspeitas é que os alvos lavavam dinheiro recebido em casas de prostituição com máquinas de cartão de crédito vinculadas a empresas do ramo de cosméticos e energia solar.
“Tinham três empresas de pessoas do grupo. Duas empresas ligadas diretamente ao líder da quadrilha. Ele usava essas empresas, principalmente uma de energia solar, para lavar o dinheiro do tráfico, ou seja, fazendo como se tivesse fazendo vendas fictícias", disse o delegado do caso, Everton de Oliveira Manso.
Foram expedidos e cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em cidades de três estados:
Paraná: Boa Vista da Aparecida, Cascavel, Colombo, Curitiba, Matinhos e Piraquara.
Santa Catarina: Blumenau, Florianópolis e Massaranduba.
Rio Grande do Sul: Getúlio Vargas
“Com o desenrolar das investigações, foi descoberto que esse grupo lavava dinheiro através de casas de prostituição. O grupo possuía seis casas de prostituição, nos estados de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, mas apesar disso, quase todos os membros da organização criminosa estavam sediados aqui no Paraná”, disse o delegado.
De acordo com a PF, os suspeitos podem responder por crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e casa de prostituição.
De acordo com as investigações, o líder da organização criminosa, que mora em Boa Vista da Aparecida, no oeste do Paraná, movimentou mais de R$ 1,6 milhão no sistema bancário nos últimos cinco meses.
A Polícia Federal informou que o suspeito comprou carros de luxo, jets ski, casas na praia, entre outros, com o dinheiro.
Uma análise retroativa será feita pela PF para avaliar quanto dinheiro a quadrilha movimentou nos últimos anos. A estimativa da polícia é de que o grupo atuava por pelo menos quatro anos.
Durante a operação foram apreendidos dois veículos de luxo e três armas de fogo, segundo a PF.
Além disso, foi pedido à Justiça o sequestro de vários bens e imóveis, pois as casas de prostituição foram compradas pela quadrilha com o dinheiro do crime.
Investigação
Conforme o delegado, a investigação partiu das operações com o tráfico de drogas e teve início em dezembro de 2020. A apuração começou após uma pequena apreensão de droga, em julho, que levantou indícios sobre a quadrilha.
A maioria das drogas vendidas era maconha. A mercadoria entrava pela fronteira e era distribuída pelo Brasil, segundo o delegado.
“Os membros da quadrilha dificilmente colocavam as mãos nas drogas. Eles contratavam motoristas, como mulas, que levavam essas drogas tanto para dentro do Paraná, quanto para outros estados da federação.”
Para a investigação, foram realizadas quebras de sigilo bancário e fiscal das pessoas e empresas envolvidas. A estimativa
A investigação da Polícia Federal continua.
G1 SC
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