sexta-feira, 16 de julho de 2021

Casas alagadas, comércios fechados e aulas suspensas: 'Catástrofe', diz catarinense sobre enchentes na Alemanha


 Vilarejo em que blumenauense vive com a família registrou alagamentos e estragos.

A blumenauense Roselene Kunz Reischel, de 40 anos, vive com a família em Seffern, município da Alemanha no distrito de Bitburg-Prüm, atingido pelas fortes chuvas nesta semana e que registrou alagamentos e estragos. As aulas dos três filhos pequenos foram suspensas e o comércio fechado. No país, mais de 100 mortos e 1,3 mil pessoas estão desaparecidas até esta sexta-feira (15).


"As pessoas tentaram conter a água com saco de areia e tudo, mas infelizmente não foi possível, a força da água era muito grande", explica.

Segundo Roselene, que mora há 4 anos no país, a chuva chegou na noite de quarta-feira (14). A frente da casa dela ficou alagada, mas como está localizada em um local mais alto, a água atingiu apenas o quintal (veja o vídeo mais abaixo). Por conta da enchente, várias residências ficaram sem energia elétrica por algumas horas.


Na quinta-feira (15), as aulas dos filhos, um menino de 1 ano, e duas meninas de 8 e 13, não ocorreram. Diversos comércios na cidade ficaram fechados para que árvores fossem retiradas das estradas e a água baixasse na região.


"Hoje seria o último dia se aula antes das férias, mas pela catástrofe eles não puderam ir desde de quinta-feira. Hoje eu já pude ir ao trabalho, mas ontem foi impossível", disse.

Nesta sexta-feira (16), os moradores ainda contabilizam os estragos.


Apesar do susto, a catarinense afirmou que a cidade teve apenas danos materiais. Há cerca de 230 quilômetros dali, em Renânia do Norte-Vestfália, 60 corpos foram recolhidos.


"Já está normalizando, as pessoas continuam limpando e somando prejuízos. Graças a Deus, em nossa cidade não houve mortes. Mas em outros vilarejos tem muita gente desaparecida. Uma enchente desta proporção ninguém havia vivenciado aqui na região", disse.



"Todo mundo muito abalado", diz catarinense que mora há 19 anos no país

Ledirce Weber Horch, de 51 anos, mora em Baden Württemberg, cerca de 230 quilômetros da região mais atingida, e acompanha as notícias direto da Alemanha. Natural de Blumenau, a mulher mora há 19 anos no país e disse que não se imaginava uma enchente desta proporção no país.


"As pessoas realmente, está todo mundo muito abalado. É algo bem impensável de acontecer na Alemanha, a estrutura, a canalização é muito boa", conta.

As chuvas têm afetado também a Bélgica, onde 18 pessoas morreram e 19 estão desaparecidas, e Holanda, França, Suíça e Luxemburgo, embora em menor intensidade. O número de vítimas pode aumentar consideravelmente, com relatos de deslizamentos de terra e casas sendo arrastadas pela água ou desabando devido à força da água nesta sexta-feira (16).

O que se sabe até o momento:


103 mortos na Alemanha (60 no estado da Renânia do Norte-Vestfália e 43 no da Renânia-Palatinado)

1,3 mil pessoas desaparecidas no distrito de Ahrweiler, na Renânia do Norte-Vestfália, a cerca de 40 km ao sul da cidade de Colônia

18 mortos e 19 desaparecidos na Bélgica

114 mil casas estão sem energia na Alemanha, segundo a maior empresa de distribuição do país.


G1SC

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