segunda-feira, 19 de julho de 2021

Polícia Civil investiga agressão a funcionário haitiano dentro de frigorífico de SC


  homem sendo imobilizado por seguranças da empresa de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, circulou nas redes sociais na última semana.

A Polícia Civil informou nesta segunda-feira (19) que instaurou um inquérito para investigar uma discussão seguida de agressão contra um funcionário haitiano que trabalha em um frigorífico de Chapecó, no Oeste catarinense. Um vídeo que mostra o homem sendo imobilizado por seguranças da empresa circulou nas redes sociais na última semana.


Segundo o delegado Danilo Fernandes, o trabalhador foi até a delegacia e fez um registro da ocorrência por lesão corporal. O homem também relatou à polícia que realizou um exame de corpo e delito. O G1 procurou o Instituto Geral de Perícias (IGP) sobre o exame e aguarda o retorno.


O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias das Carnes e Derivados de Chapecó (Sitracarnes), Jenir de Paula, informou que haitiano tem 28 anos, domina pouco do idioma português e está há seis meses trabalha no frigorífico.


"Não dá mais para aceitar esse tipo de coisa. Principalmente um trabalhador que estava trabalhando, o relato do trabalhador é muito pesado. No caso, o que ele relatou para o sindicato é que ele estava trabalhando um dia antes e o pessoal falou que ele não estava trabalhando aí deu a suspensão e chamou os vigilantes", disse.

Na quinta-feira (15), o Ministério Público do Trabalhado (MPT) informou que recebeu uma notícia de fato e já começou a ouvir as partes envolvidas no caso.O G1 não conseguiu contato com a defesa do funcionário até a publicação desta reportagem.

Na quarta-feira (14), a empresa de alimentos BRF informou que o colaborador havia sido suspenso por questões disciplinares, quando teria recusado de deixar a área de trabalho e se exaltou. Os seguranças foram acionados e contiveram o homem.


A empresa disse ainda que abriu sindicância para apurar detalhes do caso. A companhia ressaltou que repudia toda e qualquer forma de violência dentro ou fora de suas instalações. Nesta segunda, o sindicato deve ir até a empresa para saber o resultado do procedimento aberto.


Ainda segundo a BRF, todos os envolvidos, incluindo o funcionário e os vigilantes, de uma empresa terceirizada, foram afastados.


A reportagem do G1 entrou em contato com a empresa nesta segunda e aguarda uma atualização do caso.


G1SC

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