A deputada Carmen Zanotto (SC), vice-líder do PPS, disse que
o governo, ao tentar recriar a CPMF, quer passar a conta da crise econômica
para a população. “A equipe econômica dizia que a arrecadação seria
aplicada integralmente na saúde e dividida com os estados e municípios. Agora,
surpreende o país ao dizer que a arrecadação será destinada ao pagamento das
aposentadorias. O que a gente pode entender de tudo isso é que eles querem
arrecadar a qualquer custo, porque o rombo é enorme”, criticou.
Relatora da proposta de emenda à Constituição (PEC 01/2015)
que determina que a União aplique na saúde pública 10% das receitas correntes
brutas, como prevê o projeto de iniciativa popular “Saúde+Dez”, e presidente da
Frente Parlamentar de Diagnóstico, Tratamento e Prevenção do Câncer, Carmen
Zanotto disse que vê “com tristeza” a forma com que o governo tenta repassar
para a população a responsabilidade pelo reerguimento do
país.
O partido já anunciou que é contra a volta da CPMF, seja
para qualquer área de despesa. “Vamos ter a mesma coerência que tivemos em
2007, quando ajudamos com o nosso voto a derrubar este imposto”, informou.
Carmen Zanotto rebateu ainda proposta do governo para que os
parlamentares destinem suas emendas para obras do PAC, como Minha Casa, Minha
Vida, e para saúde. “Acho um absurdo o governo agora apontar onde nós
devemos destinar nossas emendas. Lembramos que a conquista do orçamento impositivo
foi uma luta de anos. Grande parte de minhas emendas já vai para a saúde, mas
não podemos esquecer da educação, da infraestrutura e das demandas dos
municípios”, disse a parlamentar.
Assessoria PPS
Foto: Câmar
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