Além da
alteração do formato, outra preocupação é quanto a utilização de um vidro com
10 milímetros de espessura que seria utilizado após a remoção da pirâmide
Na manhã desta
segunda-feira (21) o secretário de Planejamento, Jorge Raineski, e o secretário
de Estado do Desenvolvimento Regional (SDR), João Alberto Duarte, visitaram a
estrutura do Memorial Nereu Ramos, um patrimônio do município construído ao
lado de um patrimônio do Estado, que é o Colégio Rosa. O intuito do
encontro foi analisar e esclarecer dúvidas com relação ao formato e material
com o qual será feita a nova cobertura do Memorial, concomitante às obras de
revitalização do colégio.
Há fatores
que geram um pouco de preocupação. O Conselho do Patrimônio Histórico (Compac)
já se manifestou de que se essa mudança de formato estaria indo contra questões
éticas relativas aos direitos autorais, uma vez que esse projeto foi escolhido
entre diversos, através de um concurso público realizado pela prefeitura há
alguns anos. Caso a pirâmide seja removida, o resultado irá ser alterado
consideravelmente. Além da estética, o espaço interno também terá problemas,
principalmente com o calor no verão, contando com menos áreas de circulação do
ar e uma possível sensação de claustrofobia.
A
Secretaria de Planejamento precisa de um responsável técnico por essa mudança,
o qual ainda não existe. Por isso o assunto está sendo analisado em parceria
entre a prefeitura e o governo do Estado. “Essa parceria já andou muito bem
durante a revitalização das calçadas do entorno do Colégio Rosa, executadas
pelo município, repaginadas e contemplando a lei da acessibilidade”, comenta
Raineski.
Além da
mudança do formato, outra preocupação é quanto a utilização de um vidro com 10
milímetros de espessura que seria utilizado após a remoção da pirâmide – é
possível que não seja o suficiente para garantir a segurança, principalmente de
crianças, e de desavisados que por ventura circulem sobre a estrutura.
“Queremos que a revitalização do Colégio Rosa, que é uma obra magnífica,
valorizando o patrimônio histórico cultural da cidade, não seja prejudicada por
alguma omissão ou projetos mal executados”, diz o secretário.
As
discussões devem continuar, avaliando se o ideal será reforçar a estrutura de
segurança, manter a pirâmide ou outra alternativa. A ideia é transformar o
espaço em mais um ambiente turístico, voltado à cultura e ao lazer. O Memorial,
de responsabilidade da Fundação Cultural de Lages (FCL), mantém arquivada toda
a história e restos mortais do lageano Nereu Ramos, o único catarinense
presidente da República.
Nenhum comentário:
Postar um comentário