Dificuldades não impedem
a criação da truta na região
Lages – 14/11/2015 - A espécie
mais comum e mais difundida no Brasil é a truta arco-íris, (Rainbow Trout). É exatamente
esta espécie que está ganhando terreno na Serra Catarinense, uma região em que
esses peixes conseguem ótima adaptação. No entanto, os produtores ainda têm
grandes entraves para a produção em larga escala. Falta a eles disponibilidade
de financiamento; sofrem com a descapitalização, pois, não possuem garantia
para banco; assistência técnica é insuficiente; falta de renovação de
reprodutores devido à proibição de importação de ovos, o que certamente levará
a problemas genéticos. Ressalte-se ainda, o desvio de função da Estação de
Truticultura de Painel, não permitindo pesquisas necessárias ao melhor
desenvolvimento do setor.
Mesmo com tantas dificuldades, os
produtores catarinenses já estão colhendo alguns benefícios, principalmente
depois que constituíram a Associação Catarinense de Criadores de Truta
(Acatruta). Aos poucos, o número de associados aumenta, assim como a produção
na região, hoje, calculada em cerca de 250 toneladas por ano. Em todo o Estado,
o volume chega perto de mil toneladas. As informações são do presidente da
entidade, o empresário Vilso Isidoro, que além de produzir, investiu num
abatedouro de peixes na região.
Por outro lado, buscando também
demonstrar os benefícios e características nutricionais do peixe, os produtores
esperam também aumentar o consumo. Um peixe de aproximadamente 30 centímetros e
250 gramas apresenta a condição ideal de consistência e sabor para ser
consumido. Trata-se de um peixe exigente. Pois, só atinge o tamanho e o vigor
necessários em ambientes saudáveis, com água pura, bem oxigenada, de baixa
temperatura (entre 13 e 17 graus C), cristalina e corrente. Por isso a truta é
um dos poucos peixes, cujo consumo, pode ser feito sem o risco de contaminação
e muito rico em ômega 3.
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