Peninha defende a legalização dos cassinos no Brasil
Frontalmente contrário à recriação da
CPMF, o deputado federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB/SC) é favorável a uma
nova fonte de receitas para os cofres públicos brasileiros: a regulamentação
dos chamados “jogos de azar”. Estima-se que a volta de bingos, cassinos, jogos
pela Internet, jogo do bicho e caça-níqueis pode gerar arrecadação de até R$ 20
bilhões ao ano. Na década de 1940, quando foram proibidos no Brasil, os jogos
empregavam 40 mil pessoas, o que representava 0,1% dos habitantes na época. Com
o aumento da população, a expectativa é de que a medida possa gerar 200 mil
empregos.
Para avaliar a viabilidade da proposta, uma
Comissão Especial com 27 membros titulares foi formada na Câmara. Único
catarinense a integrar a lista, Peninha afere o projeto com senso de realidade.
“Mesmo com a proibição, milhares de pessoas continuam jogando. Ou fingimos que
isso simplesmente não existe, ou encaramos a situação, regularizamos e passamos
a arrecadar tributos. Grande parte dos que são contrários à proposta critica
com base no senso comum”, lembra ele.
Os jogos de azar são legalizados na maior parte do mundo.
Brasil e Cuba são os únicos países não muçulmanos entre os 156 integrantes da
Organização Mundial de Turismo que ainda não legalizaram o que especialistas
chamam de uma “verdadeira mina de ouro”. Nos Estados Unidos, maior mercado de
apostas do mundo, o valor movimentado com jogos no ano passado somou mais de
US$ 140 bilhões, segundo dados da revista The Economist. “Las Vegas era um
pedaço de deserto e virou destino turístico. Imagine quantos oásis podem ser
criados no Brasil com a aprovação desse projeto”, ressalta Peninha.
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