Um novo conceito de cidadania aflora na Serra
Catarinense. Estudantes das redes pública e privada de ensino agora estão mais
conscientes dos seus direitos e deveres, sempre com vistas a uma sociedade mais
justa e correta e, consequentemente, um mundo melhor.
O Programa de Educação Fiscal do Governo de Santa
Catarina, em parceria com a Receita Federal e a secretaria municipal de
Educação de Lages, tem o desafio de promover o pleno exercício da cidadania
entre as crianças e adolescentes.
Em Lages, a primeira edição ocorreu em 2012 com quatro
escolas. E agora, em 2015, nada menos que 80 instituições de toda a região
participaram, com o envolvimento de mais de 30 mil estudantes.
Utilizando-se das mais diversas ferramentas de ensino,
cada escola desenvolveu projetos culturais e educacionais para conscientizar
seus alunos, pais e professores sobre a importância de bem administrar as
finanças pessoais, pesquisar preços, exigir nota fiscal e acompanhar as contas
públicas e os recursos aplicados em cada canto das cidades.
Estudantes se surpreendem, aprendem para toda a vida e
espalham o conhecimento
Nesta terça-feira, 25, ocorreu a devolutiva final dos
trabalhos. Aproximadamente 60 estandes foram montados em um pavilhão no Parque
de Exposições Conta Dinheiro com estruturas, trabalhos e apresentações iguais a
uma feira de ciências. E os resultados foram os melhores possíveis.
Foi assim com Katrine de Fátima Assis Melo, de 15 anos,
aluna do oitavo ano da Escola de Educação Básica Major Otacílio Couto, de Campo
Belo do Sul. Ela apresentou uma maquete que mostra duas cidades, uma com e
outra sem recursos. E com base nos números reais da arrecadação do seu
município, já sabe o que exigir dos governantes.
“Queremos uma cidade boa, limpa e organizada. Antes eu
não me interessava em saber para onde ia o nosso dinheiro, e a partir de agora
nunca mais deixarei de acompanhar, pois isso não é importante só para mim, mas
para todo mundo”.
“Aprendi a conferir quantos tributos pagamos em uma nota
fiscal e a importância desses impostos. Eu não imaginava que eram tantos. Agora
poderei cobrar o devido uso na saúde, educação e outras coisas boas para a
população”, completa Diogo Martino, de 18 anos, aluno do terceiro ano do
Colégio Industrial de Lages e que apresentou um trabalho que remete a uma
mercearia e seus produtos
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