Motivo das demissões passam por discordâncias com o presidente, brigas com o Congresso e mentiras no currículo
Após a minirreforma ministerial, que demitiu e realocou seis ministros nesta segunda-feira (29), o governo Bolsonaro chegou a 16 ministros demitidos em cerca de dois anos e dois meses de gestão. O motivo das exonerações variam, passando por discordâncias públicas dos ocupantes com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), embates com o Congresso e a presença informações falsas nos currículos.
Reuniões nesta manhã definem futuro das Forças Armadas
Depois da troca no comando do Ministério da Defesa, os chefes das Forças Armadas se reúnem, a partir das 10h desta terça-feira (30), com o agora ex-ministro da pasta, Fernando Azevedo, e na sequência, com o novo titular, nomeado hoje no Diário Oficial da União, general Braga Neto.
A expectativa é que Edson Leal Pujol, comandante do Exército; Ilques Barbosa Júnior, da Marinha; e Antonio Carlos Moretti Bermudez, da Aeronáutica, entreguem os cargos em desagravo à demissão de Azevedo.
Fontes do R7 indicam que é dada como certa a saída do general Pujol, como queria o presidente Jair Bolsonaro, mas que encontrou resistência por parte do então ministro Azevedo.
Azevedo já está no prédio do ministério e conversará, primeiramente a sós, com os chefes das Forças Armadas para tentar apaziguar os ânimos. Às 10h30, Braga Neto se juntará aos militares para tentar apaziguar os ânimos.
Conforme a colunista do R7 Christina Lemos publicou nesta segunda-feira (29), a pior das sinalizações será se os três comandantes entregarem seus postos. "Os cargos são sempre do presidente, mas a simbologia do gesto é o que conta neste momento", avalia um ex-ministro civil da pasta da Defesa, sob a condição de anonimato.
Isso porque não foi bem vista a súbita demissão do general Fernando Azevedo, comunicada ao titular da Defesa num encontro de poucos minutos com o presidente, sob a justificativa de que a mudança integraria um conjunto de alterações no primeiro escalão.
Azevedo funcionava como anteparo aos movimentos de Bolsonaro de exigir o alinhamento incondicional das Forças Armadas às suas posições políticas. "A politização das Forças Armadas não será aceita", analisa o ex-ministro, após diálogo com fontes militares.
O principal indicativo disso é a própria manifestação de Fernando Azevedo ao deixar o posto. O general foi rápido na resposta ao Planalto e sua nota oficial, lida com atenção pelos atores envolvidos. "Preservei as Forças Armadas como instituições de Estado" - e não "instituições de governo", analisa o ex-ministro civil.
R7
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