Após construir 5 hospitais em 115 dias por conta da pandemia da Covid-19, a construtech Brasil ao Cubo (BR3) — empresa tecnológica voltada à construção civil — concluiu mais uma obra em prazos desafiadores. Com apenas 80 dias de fabricação e 20 de instalação, o edifício comercial de oito pavimentos no centro de Tubarão, foi finalizado. A velocidade na construção da estrutura de aproximadamente 3,3 mil m² tornou o empreendimento um projeto único na América Latina.
A agilidade na entrega só foi possível graças ao modelo construtivo utilizado pela BR3: A construção modular off-site, ou seja, fora do canteiro de obras. Isso significa que quase 100% da edificação foi feita no parque fabril da Brasil ao Cubo, transportada em “fatias” para o local de destino, onde ocorre a acoplagem dessas partes (módulos) sobre a fundação. Entre as principais características que diferenciam a construção off-site de uma tradicional está o curto prazo, pois acelera, em média, quatro vezes o processo de entrega.
"O desafio é gigante e sabemos disso, afinal, erguer um prédio em 20 dias é algo inédito no país, mas sempre tive a certeza de que nosso time é engajado e seria competente para realizar este feito. Estou muito feliz com essa conquista do time BR3", afirma Ricardo Mateus, CEO e Fundador da Brasil ao Cubo.
Todas as estruturas foram fabricadas em aço fornecido pela Gerdau, que, em outubro de 2020, anunciou seu investimento na participação de 33% na Brasil ao Cubo, como mais um passo da Gerdau Next, seu braço de em novos negócios. Foram utilizadas 500 toneladas de aço, o equivalente a 25% do volume de materiais, para a construção do edifício comercial em tempo recorde.
“Além do aço estar entre os materiais mais recicláveis do mundo, a Brasil ao Cubo aponta uma outra vantagem do método construtivo usado nessa obra: a redução expressiva do desperdício de materiais. Em uma obra off-site como esta, a BR3 pode reduzir em até 10 vezes o descarte de materiais se comparado a uma obra tradicional em concreto armado”, afirma Mateus.
Sustentabilidade
Uma das principais vantagens desse modelo construtivo é a sustentabilidade. A água, por exemplo, quase não é utilizada durante o processo de fabricação. Além disso, o novo empreendimento vai dispor de captação e armazenamento de água da chuva por meio de cisternas, painéis fotovoltaicos que convertem a energia solar em energia elétrica, pintura intumescente – para proteção das estruturas contra o fogo, além de rooftop, um espaço aberto na cobertura do prédio que irá proporcionar uma incrível vista da cidade. O edifício conta ainda com sistema de ventilação cruzada, brises modulares e vidros laminados que reduzem a necessidade do uso de ar-condicionado e melhoram o conforto térmico interno.
Estrutura
O prédio é o primeiro fabricado pela Brasil ao Cubo e tem como premissa ser um edifício conceitual com arquitetura desenvolvida pelo escritório ATO9, de Florianópolis. O projeto buscou trazer leveza à edificação com espaços pensados no bem-estar das pessoas, como o grande átrio que eleva-se para todos os 8 andares, promovendo uma circulação vertical.
No térreo terá um hall para o edifício Level e um centro de convivência e conveniência e cafeteria Premier Coffee da Rede de Postos Premier, que é o investidor.
Dois pavimentos serão ocupados pela Brasil ao Cubo, onde funcionará o corporativo da empresa com 80 postos de trabalho, os demais também para locação.
O 5 e 6 pavimento contara com um espaço da empresa Almaz Coworking, um espaço de prestação de serviços de escritório e locação de salas, eventos, treinamentos e estações individuais de trabalho.
Estou muito empolgado e feliz com esse projeto. É um sonho sendo realizado como engenheiro, ou melhor, mais um. É incrível como o empreendedorismo nos permite viver coisas inacreditáveis." diz Ricardo Mateus.
Desafios na pandemia
Com a grande demanda por leitos hospitalares para tratamento das pessoas infectadas pelo Coronavírus, a empresa construiu, em 2020, 5 hospitais em 115 dias que contaram com 333 leitos que salvaram vidas. E agora, em 2021, acaba de entregar a expansão do Hospital Vila Santa Catarina, em São Paulo - SP, que tem mais 40 leitos de UTI e também 100 novos leitos para o Hospital Regional de Samambaia - DF. Todos em parceria com empresas como Ambev, Gerdau, Hospital Albert Einstein, Zaffari, Ipiranga, JBS, BTG Pactual, Península Participações, Suzano, BRB, além de algumas prefeituras como a de São José dos Campos, Porto Alegre e São Paulo.
O curto prazo dos hospitais não foi empecilho para a construtech que tem ousadia e pioneirismo em seu DNA desde a fundação, em 2016. Isso porque o inovador sistema Plug and Play BR3 facilita ainda mais a execução dos projetos. Graças a ele os sistemas elétricos e hidráulicos e demais etapas já saem prontos de fábrica, enquanto a infraestrutura é preparada no local de instalação pela própria construtech, para a chegada dos módulos que são facilmente acoplados em poucas horas. Além de Santa Catarina, a BR3 já entregou obras em outros 14 estados brasileiros.
G1 SC
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