Caso fossem tomados os cuidados adequados, até 70% dos
casos de deficiências poderiam ser evitados. A informação, divulgada pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), revela a importância da difusão de
informações sobre o tema, objetivo do 2º do Seminário de Prevenção de
Deficiências, que acontece nesta quarta-feira (1º), no Palácio Barriga Verde,
em Florianópolis.
Voltado à capacitação de profissionais das
áreas de saúde, educação e assistência social, o evento é promovido pela
Federação Apaes de Santa Catarina (Feapaes-SC), em parceria com a Comissão de
Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa.
Segundo o presidente da Feapaes, Júlio César
de Aguiar, as palestras, proferidas por especialistas como geneticistas e
psiquiatras, pretendem ressaltar a importância dos cuidados de prevenção, a
serem tomados em três momentos. O primeiro, destinado à identificação e redução
dos fatores de risco, deve acontecer ainda no momento em que a mulher decide
ter filhos ou na descoberta da gravidez, pois os riscos de má formação do feto
ocorrem nas primeiras semanas de gestação. “Nesta fase, as ações incluem a
realização de consultas médicas, exames contra doenças infecciosas e
sexualmente transmissíveis e a abstenção do uso de fumo, álcool e drogas.”
Caso o atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor da criança seja atestado, no chamado segundo nível de atuação,
são aconselha das medidas para se reduzir sua duração ou gravidade. Já em um
terceiro momento, o objetivo passa a ser a redução das sequelas decorrentes da
deficiência ou os efeitos a ela associados. “Podemos evitar que três, em cada
quatro crianças, nasçam com deficiência somente pela adoção de cuidados
básicos. Isso é fantástico.”
Ainda durante o seminário, informou Aguiar,
será realizada uma avaliação do Programa Prevenir, lançado em 2011 com o
objetivo de levar à sociedade os cuidados de prevenção da deficiência. “Somente
no ano passado, contamos com a participação de 95% das Apaes, que promoveram
ações por todo o estado, como a realização de palestras e a distribuição de
fôlderes em locais como colégios, maternidades e fábricas.”
Em 2017 a entidade tam bém pretende
solicitar ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que realize
um censo para levantar informações sobre as pessoas com deficiência em Santa
Catarina. “Nossa expectativa é que os números de incidência caiam
vertiginosamente”, disse.
Presente no seminário, o presidente da
Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, deputado José Nei
Ascari (PSD), afirmou que a disseminação de conhecimento ainda é a forma mais
eficaz para a melhoria da saúde da população. Ele também destacou a parceria
existente entre a comissão e as Apaes. “Prevenção implica na redução dos gastos
destinados ao tratamento e reabilitação, contribuindo ainda para o aumento da
qualidade de vida das pessoas afetadas. Por isso, a Assembleia Legislativa tem
sempre prestado seu apoio ao trabalho realizado por estas entidades.”
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