Brusque, no Vale do Itajaí, tem um histórico negativo com pontes. A afirmação foi feita pelo prefeito da cidade, Ari Vequi, logo após uma das estruturas ruir em abril deste ano.
O trânsito local já foi liberado, mas a cidade tem outras três estruturas interditadas total ou parcialmente. Duas delas não têm prazo para serem reformadas ou reconstruídas. O município tem 137 mil habitantes, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a prefeitura, as pontes na cidade, em geral, são antigas e foram projetadas há mais de 30 anos. A conta da administração é de que existam mais de 500 pontes e pontilhões em toda a cidade.
A maioria é de pontilhões de madeiras em vários bairros mais afastados. No centro e em bairros mais movimentados, são 15 pontes de média e grande estrutura. Dessas, quatro apresentaram problemas neste ano(veja mais abaixo). Nenhuma dela foi feita com projeto, conforme o município.
Manutenção
Especialista em estruturas, o professor de engenharia civil da disciplina de pontes Lucas Matheus de Oliveira Scoz diz que a expectativa média de vida de uma ponte é de 70 anos. Mas as estruturas só alcançam essa data, e podem até passar, se forem cuidadas.
Para o professor, a falta de manutenção pode ser uma das possibilidades para a queda das estruturas. "É de longe a coisa mais importante que uma estrutura deve ter para poder aguentar", explica.
Apesar de considerar que é possível fazer pontes em solos ruins usando a tecnologia e estudos, a má qualidade de onde estão presas também pode causar a queda, segundo o professor.
O G1 solicitou uma entrevista com a responsável pela secretaria municipal de Infraestrutura, mas a assessoria de Comunicação da prefeitura respondeu as questões de forma escrita.
Estrutura com interdição total desde julho. Em junho, quando a cidade foi atingida por fortes chuvas, a ponte chegou a ser bloqueada de forma provisória. As rotas alternativas ocorrem pela margem direta da Avenida Beira Rio ou pela Rodovia Antônio Heil. Não há prazo para reforma.
A ponte desabou na manhã de 8 junho. Imagens de câmeras de monitoramento mostram o momento em que a estrutura cedeu. Um caminhão que cruzava a ponte quase foi "engolido". Além disso, uma mulher caminhava no local e caiu nas imediações quando a estrutura cedeu. De acordo com a prefeitura, há duas pontes nas imediações que servem como rota alternativa.
Segundo a administração municipal, o governo do estado já publicou no Diário Oficial um convênio com a prefeitura para reconstrução. A obra deve começar em breve, com previsão de entrega 90 dias após a assinatura do contrato.
Ponte da rua Beira Rio, bairro Dom Joaquim
Interditada para caminhões e veículos pesados. Não há prazo para reforma.
Além das três citadas anteriormente, a ponte João Vitório Benvenutti, conhecida também como ponte Santos Dumont, registrou queda da cabeceira em 21 de abril. Três carros ficaram danificados. Segundo a prefeitura, o local já está funcionando.
G1SC
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