A Associação de Moradores do bairro da Penha e a Fundação Municipal de Esportes (FME) realizaram, na manhã de sábado (12), a I Corrida Rústica da Penha. Cerca de 40 atletas participaram do evento e os três primeiros colocados de cada categoria foram premiados com troféus.
A largada ocorreu às 9h30min. Homens e mulheres, veteranos e amadores, adultos e crianças correram lado a lado nos primeiros metros, mostrando o poder agregador do esporte. Entre os atletas que participaram da competição destacaram-se duas duplas. Inácio Marçal, 53 anos, corredor experiente, fazia companhia a Igor, 4 anos, neto de sua esposa, e Edenilson Carvalho, 40 anos, acompanhou o filho Dener, de 6 anos.
Segundo o superintendente da FME, Armando Mello Júnior, a realização do evento confirmou a necessidade de resgatar a tradição lageana das corridas de rua, que, em outros tempos, marcaram a história do atletismo catarinense. “A FME está elaborando um calendário de corridas de rua, que será implantado em 2014, e envolverá diversos bairros. Também estamos propondo a inclusão do atletismo nos Jogos Comunitários de Lages (Jocol)”, afirmou.
Para o presidente da Associação de Moradores, Volni Meros dos Santos, a corrida foi um grande sucesso. “Nossa proposta é unir o esporte, ação social e as boas relações entre os vizinhos. Na Penha formamos uma só família”, resumiu. Depois da premiação, a Associação de Moradores homenageou diversas personalidades lageanas, oferecendo um certificado de “Amigo do bairro da Penha”.
Resultados por categoria
Feminino, categoria até 14 anos: Jaine Andressa (25 min 50 seg)
Feminino, categoria de 15 a 29 anos: Camila Ghiorzi (23 min 30 seg)
Feminino, categoria de 30 a 44 anos: Francielle Stanck (19 min 30 seg)
Masculino, categoria até 14 anos: Dener Carvalho (21 min 50 seg)
Masculino, categoria de 15 a 29 anos: Giovanni Spiller (17 min 20 seg)
Masculino, categoria de 30 a 44 anos: Osni Pereira (15 min 46 seg)
Masculino, categoria acima de 45 anos: Valdeci Correia (14 min 50 seg)
Legenda: Evento confirmou a necessidade de resgatar a tradição lageana das corridas de rua, que, em outros tempos, marcaram a história do atletismo catarinense (Fotos: Toninho Vieira)
Meio Ambiente prepara os mais de 15 cemitérios para o Dia de Finados
A Secretaria do Meio Ambiente e Serviços Públicos iniciou uma verdadeira maratona para deixar tudo pronto para o Dia de Finados, faltando pouco mais de uma quinzena para a data, quando os cemitérios receberão grande número de visitas. Desde a semana passada, as equipes se dividiram e atuam nos principais cemitérios municipais. Estão sendo realizados serviços de limpeza, jardinagem, pintura e manutenção da iluminação pública.
Nesta segunda-feira (14) um grupo deslocou-se para o interior. A estimativa é de que existam mais de 15 cemitérios nas imediações do município, além dos clandestinos, feitos por famílias antigas. Uma novidade para este ano, segundo o secretário Mushue Hampel, é que todos os espaços credenciados receberão uma placa para facilitar a identificação. “Tem muitos familiares que vem de outras cidades para visitar seus entes queridos”, comenta.
Famílias devem seguir cronograma
Foi determinado que as famílias poderão realizar construções e reformas nos túmulos de seus parentes somente até o dia 25 de outubro. Os serviços de limpeza se estenderão até o dia 30. Os dias 1° e 2 de novembro serão destinados à visitação, das 7h às 19h. Para a limpeza no entorno dos cemitérios a Secretaria de Águas e Saneamento (Semasa) será parceira, fornecendo um caminhão pipa. Também serão instalados banheiros químicos na data e a equipe de coleta de resíduos será reforçada.
Ambulantes precisam se cadastrar
Vendedores autônomos que pretendem aproveitar a grande movimentação para comercializar seus produtos, próximos aos cemitérios, precisam se cadastrar para atuar nos locais. O credenciamento pode ser feito na sede da Secretaria do Meio Ambiente, na rua Germiniano Cordeiro, bairro Coral (próximo à rótula dos Bois), até o dia 29 de outubro.
As vendas poderão ser feitas somente na área de estacionamento e no máximo em frente ao portão de entrada dos cemitérios, limitando-se ao comércio de água dentro dos mesmos. Não será permitida venda de bebidas alcoólicas e somente vendedores autorizados terão acesso a esses espaços.
“Fiquei três noites sem dormir, pensando na casa nova”, diz moradora
Lúcia Utzig de Andrade, 59 anos, vem sentindo reações que há muito tempo estavam ausentes e está “dando pulos” de felicidade depois de uma ótima notícia, como ela mesma define, sobre algo que espera há mais de um ano. “Na sexta-feira, um dia antes do feriado, a Secretaria de Habitação veio me dizer que na segunda começariam a desmanchar minha casa velhinha para dar lugar a um novo começo na minha vida”, detalha. E a palavra dita se cumpriu. Na manhã desta segunda-feira (14), operários contratados pela Prefeitura de Lages iniciaram a derrubada do imóvel.
As estruturas da cozinha (onde estão sendo guardados os pertences) e do banheiro serão mantidas. De resto, todas as peças de madeira, telhado e fiação de energia elétrica serão modificadas e doadas para o espaço de 30 metros quadrados, tamanho padrão adotado pelo Município. A moradia antiga, com uma cozinha, uma sala, um banheiro e três quartos, corrompida pelas dezenas de anos de idade e pelas intempéries, compunha uma antiga vila militar na rua Luiz Gonzaga Proença, no Universitário. “Fiquei três noites sem dormir, pensando na casa nova. Chego a tremer quando penso nisso. Mais do que servidores, esses se tornaram nossos amigos”, confessa, referindo-se aos carpinteiros, serventes e eletricistas.
Sem conter a emoção e o tremor ansioso das mãos, a dona de casa, acompanhada do marido, o soldado autônomo Hairton Corrêa de Andrade, 65 anos, não arredou o pé do pátio da residência, conferindo cada tábua despregada, deixando para trás um passado de medo e perigos. O filho do casal trabalha como funcionário público municipal. Já Hairton está aposentado há aproximadamente um mês.
A família sobrevive com cerca de dois salários mínimos. “Por isso que nossa casa nunca foi feita. Até havíamos decidido de juntar dinheiro e ir comprando o material aos poucos, mas não deu. Eu fazia a minha casa apenas por pensamento”, diz Lúcia, relembrando das condições precárias. “Minha casa já não tinha barrotes, o que propiciava a proliferação de bichos, como ratos, um disseminador de doença; e peçonhentos, as aranhas, muitas aranhas. Hoje eu estou bem, eu estou feliz”, revela.
Fiação elétrica antiga e improvisada
O tempo de uso da fiação de energia elétrica que abastecia a habitação acompanhava a idade da estrutura física e em 2013 já estava além dos remendos e da deterioração. “A sobrevida exagerada da instalação da luz aumenta consideravelmente os riscos de choque e de curtos-circuitos, provocando incêndios. Quando a família se mudou, os fios já eram usados”, observa o diretor de Habitação, Aldori Freitas, ao frisar que, embora o cadastro não seja antigo, o pedido foi rapidamente atendido devido a sua gravidade, um caso prioritário, urgente, ao constatar a queixa de apreensão da família em dias e noites chuvosas e de ventanias, conforme orientação do secretário Ivan Magaldi Júnior.
A assistente social visitou a família, vistoriou os cômodos e a estrutura da casa, decidindo pela urgência. “Os relâmpagos assustavam, diante da fiação toda comprometida. O vento balançava as paredes, as goteiras faziam com que os cômodos molhassem. O teto baixou uns 20 centímetros, com risco de desabamento. Antes, sempre que eu ia ao Centro monitorar meu cadastro, diziam para eu aguardar, mas não vinham olhar a situação de perto. Agora sim nós nos sentimos protegidos”, relembra Lúcia Utzig de Andrade.
A parte de baixo do imóvel chamava a atenção pela destruição. “Para evitar novos problemas na casa nova, como a umidade, os construtores levantarão o assoalho cerca de 50 centímetros em relação ao solo”, adianta o diretor de Habitação, Aldori Freitas, ao explicar a obra para Hairton. “Ela foi caindo e nós, calçando a casa, macaqueando o assoalho para não cair. Eram dias muito difíceis”, afirma o soldador. Em sete dias o casal já estará autorizado a transferir seus bens para o espaço novo, prazo em que a residência deverá estar pronta.
Alta complexidade sonora e malabarismo instrumental no Lages In Concert
O concerto de encerramento do projeto de música instrumental Lages in Concert foi realizado na noite de sábado (12), a partir das 19h, no teatro Marajoara. O evento foi organizado pela Camerata Vento Sul e contou com o apoio da Fundação Cultural de Lages (FCL), além de diversas instituições culturais e sociais do município. Explorando as várias vertentes da música instrumental, o espetáculo iniciou com as harmonias jazzísticas do Trio Tempero de Cordas. Em seguida, Danieli Porto e Trio de Violinos, com um repertório baseado em clássicos da Música Popular Brasileira (MPB), mostrou que a música também se alimenta de suavidade, delicadeza e pequenas sutilezas sonoras.
O acentuado sotaque sulista que resulta do encontro entre a gaita de Gabriel Maculan e o violão de Marlus Pereira transformou o palco em tertúlia. Combinando alta complexidade sonora e malabarismo instrumental, a dupla mostrou técnica e talento. A banda Seres Instrumental encerrou o concerto de forma competente. Brincando com a tradição musical, unindo a agressividade das guitarras com o ritmo forte da bateria, o grupo apresentou versões roqueiras de diversos clássicos. “Todos os nossos esforços foram destinados a valorizar e popularizar a música instrumental”, afirmou André Medeiros, coordenador do evento, que prometeu repetir o espetáculo no próximo ano.
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