quinta-feira, 2 de abril de 2015

Documentação fornecida aos moradores do bairro Tributo

Aproximadamente mil pessoas devem passar pela ação social Páscoa Solidária nesta quarta-feira (1), no Centro de Referência em Assistência Social Mercedes Darodda Varela (Cras IV), no bairro Tributo. 
Promovido pela Igreja Evangélica Assembleia de Deus setor 6, o evento conta com serviços públicos municipais, entre eles encaminhamento para emissão de carteiras de identidade, Cadastro de Pessoa Física (CPF), Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e Cartões do Sistema Único de Saúde (Cartões SUS). As fotos são digitalizadas na hora, sem custos. Calcula-se que em torno de 600 documentos serão viabilizados.
A Secretaria de Saúde disponibiliza aferições de pressão arterial e informações, através da distribuição de folders, com colaboração de acadêmicos de cursos da Saúde da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac). O Cras oferece instruções sobre os benefícios sociais da Secretaria de Assistência Social, como o Bolsa-Família. O Banco do Emprego divulga suas vagas. O Serviço Social do Comércio (Sesc) dispõe brinquedos às crianças. A Polícia Comunitária, vinculada à Polícia Militar, demonstra o funcionamento de uma viatura às crianças. Estão presentes ainda o Grupo Voluntários pela Vida e a associação de moradores do Tributo.
Os pastores José Anaor e Paulo Maurício acompanham o evento. Anaor explica que a Igreja Assembleia de Deus desenvolve um trabalho comunitário, oferecendo sopão e palestras, em atendimento às comunidades carentes.
Solidariedade, cidadania e bem-estar
O coordenador do Cras IV, Charles Andrade Medeiros, contabiliza que estão cadastradas, em média, três mil famílias, ou seja, cerca de 12 mil pessoas referenciadas. O Cras abrange 19 bairros e localidades rurais, como as integrantes do distrito Índios (Potreiros, Três Árvores, Lambedor, Macacos, Índios), além da Restinga Seca e a região da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), às margens da BR-116. “É essencial o Cras estar em sintonia com as entidades, igrejas, lideranças comunitárias, órgãos atuantes dentro do território, pois não realizamos nada sozinhos. Todos os dias temos alta demanda de documentação civil e é enorme o número de pedidos de encaminhamento ao Balcão Cidadão. Esta ação no bairro permite que as reivindicações sejam atendidas sem tanta burocracia”, ressalta Charles.
Carteira de identidade nova após 37 anos
Depois de 37 anos, o aposentado e cozinheiro Alcides Assink da Silva, 66 anos, morador do Tributo, decidiu, pela facilidade de ter os serviços do Balcão Cidadão quase na porta de casa, ter uma nova carteira de identidade. Ao comparar sua fisionomia com a fotografia da carteira de identidade nota-se a diferença, uma vez que fora expedida em 1978. “Não vou ao Centro com frequência. A vinda do pessoal aqui para o bairro me ajudou bastante. Fui bem atendido e de forma rápida”, avalia.
Um pouco antes foi a vez de os quatro filhos de 1,1 ano, 8, 10 e 11 anos, da auxiliar de produção em fruticultura Cintia de Fátima Rodrigues Zanchetta, 27, solicitarem seus documentos. Ela levou as crianças também para brincar. “Nenhum deles tinha (documentos). Eu ‘custo’ ir no Centro porque trabalho direto. Já tinham pedido documentos de um deles quando precisou ser internado, e na escola”, justifica.
Agenda de trabalho
Na quinta-feira (26) o Balcão Cidadão viabilizou cerca de 800 documentos para a população. No sábado atendeu o bairro Universitário com encaminhamento de 319 pedidos em evento de cunho social promovido pela Associação Filantrópica de Lages (Asfiel), da Igreja Evangélica Pentecostal. O executivo do Balcão Cidadão, Walderlei Germano, explica que existe uma parceria com o Instituto Geral de Perícias (IGP), Ministério do Trabalho e Receita Federal.
Na agenda estão os atendimentos no dia 11 deste mês, um sábado, na Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), em evento com parceria da Polícia Comunitária e a própria prefeitura através de outras secretarias. Após, atendimento no bairro Copacabana, em data a ser definida. “Nosso compromisso é estar presente nos bairros, possibilitando que as pessoas sem condições financeiras de transporte possam ter seus documentos e exercer sua cidadania. Documento faz falta, sim”, atesta. Os documentos ficam prontos em até 60 dias.

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