A deputada federal Carmen
Zanotto (PPS-SC) disse esperar que a CPMI (Comissão Parlamentar de Inquérito
Mista) da JBS, instalada semana passada, não seja usada para retaliar o
Ministério Público Federal. O principal foco das investigações são os empréstimos
obtidos pelo grupo J&F, que controla o JBS, junto ao BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social).
Mas o presidente do
colegiado, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) já antecipou que o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o relator dos processos da
Operação Lava Jato no STF, Edson Fachin, serão convocados para depor.
“Uma CPMI dessa magnitude
exige muita responsabilidade na condução dos trabalhos para que não seja
apurado apenas um lado. Não pode ser usada para retaliar o Ministério Público
Federal, nem a Operação Lava Jato ”, reagiu a parlamentar.
O senador Cristovam Buarque
(PPS-DF) integra a CPMI.
Relator
Nesta semana, a escolha do
relator dos trabalhos da comissão, deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS),
gerou reações. Os senadores Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e Otto Alencar (PSD-BA)
deixaram a comissão alegando que Marun integra a chamada “tropa de choque” do
presidente Michel Temer no Congresso Nacional.
“As denúncias são gravíssimas
e devem ser apuradas com a isenção que o momento exige. Até porque os olhos da
sociedade estarão voltados para essas investigações”, alertou Carmen Zanotto.
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